A proposta para publicação do livro “A PETROBRAS FATIADA – PREJUÍZOS PARA A ENGENHARIA E SOBERANIA NACIONAIS” vem a se somar ao propósito da Federação Brasileira de Geólogos, a FEBRAGEO, que no último triênio publicou uma série de livros buscando difundir essa tradição entre os profissionais das geociências e de engenharia, construindo e ampliando parcerias com as entidades regionais.
Esse projeto inclui uma tiragem de 1500 exemplares impressos, para distribuição entre os profissionais que atuam no BRASIL, por meio das entidades profissionais de geologia, incluindo a FEBRAGEO e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o CONFEA, bem como uma versão digital, para divulgação pelas redes sociais FEBRAGEO e CONFEA.
As atividades da cadeia de exploração e produção de petróleo, gás e biocombustíveis possuem contribuições históricas para a Economia do Brasil, notadamente nos estados produtores e/ou naqueles onde estão em operação as refinarias, terminais, malhas de dutos, dentre outras instalações; historicamente o petróleo teve relevante contribuições à economia regional nas Bacias Potiguar, Ceará, Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Espírito Santo e Solimões.
A Operação Lava-Jato iniciada em 2014 trouxe à tona um escândalo de corrupção envolvendo alguns executivos da estatal, além de sócios e executivos de empresas de engenharia nacionais dentre outros investigados.
A partir de março daquele ano até a queda da presidente Dilma Rousseff, no pano de fundo do Jornal Nacional, principal telejornal da maior rede televisiva nacional, mostravam instalações da Petrobrás carcomidas pela erosão com vasos e tubulações industriais das quais jorravam dinheiro. Era uma forma de atacar a imagem da Petrobrás criada como resultado do maior movimento social que já houve no Brasil, que através da Campanha “O Petróleo é nosso” conquistou corações e mentes do povo brasileiro.
Mas os prejuízos não foram apenas à imagem da Petrobrás. A Lava-Jato serviu também para criar o mito da Petrobrás em sérias dificuldades financeiras. Em 2014 como resultado da Lava-Jato auditores internacionais só assinaram o balanço da companhia após o reconhecimento de perdas contábeis que incluíram perdas causadas pela corrupção. O ano que terminaria com uma nova crise mundial do preço do petróleo foi um ano em que o pré-sal aumentava sua produção e batia sucessivos recordes à medida em que novas unidades entravam em produção.
A Petrobrás em função dos elevados investimentos produtivos que realizou no Brasil, teve como consequência a elevação do seu índice de endividamento. Mas como mostram documentos da própria estatal apresentados no Petrobrás Day de 2014 em Nova Iorque, o fluxo de caixa já estava positivo em 2015, não havendo nenhuma verdade na tese da “Petrobrás em dificuldades financeiras”, como já demonstraram inúmeras análises técnicas do balanço da companhia realizadas pela Associação dos Engenheiros da Petrobrás, a AEPET.
Mesmo assim essa foi a tese sustentada dentro e fora da empresa para justificar as vendas eufemisticamente designadas “desinvestimentos” e realizadas através de vendas diretas e parcerias estratégicas.
Através dessas vendas fatiaram o sistema Petrobrás, que em 2015 era composto por 5 segmentos de negócio: Exploração e Produção de petróleo e gás natural; Refino, Transporte, Comercialização e Petroquímica; Gás e Energia, incluindo as fábricas de fertilizantes nitrogenados; Distribuição de Derivados de Petróleo através da Petrobrás Distribuidora – a BR, e de gás liquefeito de petróleo, através da Liquigás; e Combustíveis Renováveis através de PBIO.
Desta forma, o livro “A PETROBRÁS FATIADA – PREJUÍZOS PARA A ENGENHARIA E SOBERANIA NACIONAIS” se propõe a resgatar a história recente da Petrobrás como uma empresa de energia e engenharia, integrada no Sistema Petrobrás, uma empresa âncora que gera empregos e absorve mão-de-obra especializada formada nas universidades e institutos de educação, ciência e tecnologia brasileiros. Além de fomentar o desenvolvimento de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação pode prover a energia que o Brasil precisa para crescer e se tornar um país mais justo econômica e socialmente.
[Por Sindipetro RN]
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