Em editorial publicado no dia 08 de julho, o jornal O Estado de São Paulo fez uma série de acusações infundadas à Federação Única dos Petroleiros, afirmando, levianamente, que uma das mais respeitadas entidade sindicais do país exerce uma “gestão paralela” dentro da Petrobrás.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, também citado no editorial, imediatamente solicitou direito de resposta, que foi negado pelo jornal nesta segunda-feira, 15, uma semana após a federação ter enviado à redação uma carta corrigindo as informações inverídicas publicadas pelo Estadão.
Sem maiores explicações, o jornal respondeu por e-mail a cobrança da assessoria de comunicação da FUP, afirmando que: “A carta foi analisada pela Diretoria de Opinião, mas não será publicada”.
Ao negar o direito legítimo de resposta à FUP, o Estadão viola uma garantia constitucional, regulamentada pela Lei 13.188/2015, que determina: “Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo”.
Veja a seguir a resposta da FUP ao editorial acusatório do Estadão:
Carta da FUP ao jornal O Estado de S.Paulo
Causou-nos surpresa e indignação o editorial “O poder paralelo da FUP na Petrobras” publicado nesta segunda-feira (8/7). O texto insinua, sem provas, que existe uma “gestão paralela” da Federação Única dos Petroleiros na Petrobrás. Tenta criar ilegalidade onde não há.
Desde a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022 a FUP voltou a participar de fóruns de debates sobre a Petrobrás que são transparentes, públicos e conhecidos. Isso ocorreu após a federação ser alijada das discussões sobre os rumos da empresa no governo anterior. Que, como é sabido, visava apenas resultados de curto prazo que estavam comprometendo a perenidade da maior empresa brasileira e atendiam a interesses de “acionistas de plantão”, preocupados apenas em ganhar dinheiro com a volatilidade dos papéis da empresa nas bolsas de valores.
As posições da FUP no atual governo são as mesmas que historicamente sempre defendeu. Queremos uma Petrobrás forte, produtora de lucros e distribuidora de dividendos para seus acionistas – que incluem seus trabalhadores. Mas que também cumpra seu estatuto, que estabelece um papel social para a empresa que vai além do rentismo de curto prazo.
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP)