GT AMS

Direção da FUP cobra a redução do reajuste anual da AMS

Após série de reuniões do GT AMS, para definir a nova forma de reajuste anual, substituindo o VCMH, atual índice de reajuste da nossa contribuição mensal do Grande Risco e evitar o absurdo reajuste de 23%, os representantes da FUP defendem a volta do IPCA, como índice de reajuste dessa contribuição. Apesar disso, os representantes do RH da Petrobrás no GT resistem em utilizar esse índice, alegando que isso levará a um equacionamento no final do ano e a cobrança de valores extras. Como alternativa, para resolver o impasse, os representantes da FUP no GT propuseram outro índice: o IPCA do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, cujo percentual acumulado nos últimos doze meses é bem menor: 12,08%. “Importante adotar um indicador oficial e de credibilidade, uma vez que esse índice retrata com maior fidelidade a variação de custos, além de deixar transparente para que todos possam acompanhar o reajuste aplicado” afirmou Rafael Crespo, representante da Federação no GT da AMS.

O Grupo de Trabalho foi formado para discutir alternativas ao VCMH e a eliminação dos custos de saúde ocupacional, tratamentos das doenças e acidentes de trabalho, dos custos da AMS.

Ao longo de seis reuniões já realizadas, os representantes da FUP solicitaram diversas informações referentes aos dados de reajustes de planos de saúde, sobre a variação acumulada dos reajustes da AMS comparativamente ao reajuste pelo VCMH, bem como, os históricos de arrecadação e de desembolsos feitos pela Petrobrás. Com isso foi possível chegar a um indicador que é mais próximo da realidade dos gastos com a saúde privada e quais os principais motivos para mudar o índice de reajuste da AMS, substituindo o VCMH pelo IPCA Saúde. O primeiro é que o IPCA Saúde é o índice muito mais próximo ao índice que reajusta salários e benefícios dos beneficiários da AMS. O segundo tem relação com o tempo de divulgação dos índices, já que o IPCA Saúde é divulgado com um mês de atraso, já o VCMH é divulgado com um ano de atraso. O IPCA Saúde foi divulgado agora em março, referente a variação de custos da saúde dos últimos doze meses. O VCMH divulgado no mesmo mês, foi referente a variação de custos do período de março de 2021 a fevereiro de 2022. Portanto o IPCA é mais próximo a realidade da evolução desses custos. Quanto ao outro argumento, basta comparar a cesta de produtos e serviços que os dois índices acompanham. Enquanto o IPCA Saúde inclui a variação de preços com produtos farmacêuticos, consultas médicas, plano de saúde e de despesas com hospital, o VCMH só acompanha a variação de custos médicos hospitalares.

O último argumento se refere a credibilidade e transparência dos institutos que fazem esse acompanhamento. O IPCA Saude é medido pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisca, órgão de grande tradição e credibilidade. Já o VCMH é medido pelo IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, órgão pouco conhecido e de apenas 20 anos de existência.

Diante desses fatos, a direção da FUP enviou para o novo presidente Petrobrás, Jean Paul Prates e a atual gestão do RH da empresa, a nossa proposta quanto a mudança do VCMH pelo IPCA Saúde e agora aguarda uma resposta positiva para enterrar de vez a ameaça de um reajuste absurdo de 23% nas nossas contribuições do Grande Risco da AMS.

Confira a íntegra do ofício.

DNE020.2023 - GT AMS – Reajuste da contribuição do Grande Risco.