O ex-gerente de Recursos Humanos da Petrobrás, Cláudio Costa, em notificação extrajudicial feita à FUP, requer direito de respostas em relação à matéria “FUP reúne-se com novo gerente executivo de RH da Petrobrás, que promete resgatar o diálogo com os trabalhadores”, publicada no site da Federação no dia 14 de dezembro do ano passado. Cláudio Costa foi demitido em março de 2021 por ter utilizado informações privilegiadas sobre a demissão do então presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, para se beneficiar financeiramente em uma operação milionária de venda de ações da companhia.
A matéria sobre a qual o ex-gerente diz ter sido vítima de “fake news” relata os principais pontos tratados pela FUP em reunião com o novo RH da Petrobrás, realizada em dezembro. Cláudio Costa é citado no primeiro parágrafo: “Dirigentes da FUP participaram na terça-feira,14, de reunião com o novo gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobrás, Juliano Loureiro, substituto de Cláudio Costa. O ex-gerente foi demitido em março por ter utilizado informações privilegiadas para lucrar com a venda de ações da empresa e é investigado por orquestrar e conduzir de forma suspeita a transferência da carteira milionária da AMS para uma associação privada.”.
Na notificação feita à FUP, o ex-gerente da Petrobrás trata como “fake news” a contextualização que a Federação faz na matéria sobre a motivação de sua demissão: o uso de informação privilegiada (insider trading) para lucrar com a venda de ações da estatal. Longe de ser uma ilação leviana da FUP, esse fato foi amplamente repercutido pelos veículos de comunicação e, além de ter causado a demissão de Cláudio Costa (que no entendimento da Federação, deveria ter sido, inclusive, por justa causa), gerou um processo de investigação na Comissão de Valores Imobiliários (CVM).
Em respeito ao exercício democrático do diálogo franco e do respeito à liberdade de imprensa, a FUP publica na íntegra o direito de resposta reivindicado, reiterando que seguirá questionando na Justiça as atividades suspeitas de Cláudio Costa na Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás, como a terceirização da gestão da AMS, cuja carteira bilionária foi ilicitamente transferida a uma entidade privada, sob a sua gestão executiva.
Acesse a íntegra da notificação, com a o direito de resposta:
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL - CLAUDIO COSTA
