Defesa da classe trabalhadora

CUT celebra seus 41 anos reafirmando seu papel na história do país

Foto: Roberto Parizotti (Sapão)/CUT

Central Única dos Trabalhadores teve papel fundamental na história recente do país e continua atuante em defesa da classe trabalhadora

[Por Luiz Cabral, da redação da CUT]

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi fundada em 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo (SP), e é, hoje, a maior central sindical da América Latina e a quinta maior do mundo. A entidade sempre defendeu os interesses da classe trabalhadora, tanto no Brasil quanto no exterior e está no seu DNA a busca por melhores condições de vida e trabalho do brasileiro, da autonomia sindical e da independência em relação ao estado, partidos políticos e outras instituições. Além da defesa incessante das liberdades democráticas no país.

 CUT/Ahead

Nesses 41 anos de existência, a entidade foi marcada por inúmeras mobilizações e lutas em defesa dos trabalhadores: foram greves em todo Brasil exigindo reajustes salariais, garantias no emprego e contra demissões e trabalhos precarizados; campanhas por trabalho, terra, moradia, salário, previdência pública e caravanas em defesa da democracia, entre tantas outras.

Visando lutar para garantir o estado democrático de direito, a CUT esteve, por exemplo, no movimento “Diretas Já” que começou a tirar o Brasil das garras da ditadura militar. Esteve, também, junto à população brasileira, nos atos que pediram o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, protestou contra as medidas econômicas neoliberais de FHC, contra a reforma trabalhista do presidente Michel Temer e contra as destruições sociais macabras do último governo de extrema direita.

Esses só são alguns dos exemplos das infinidades de ações em que a entidade marcou presença durante essas mais de quatro décadas de existência. Este ano, a CUT está em campanha contra os juros altos, que estão atrapalhando o progresso e desenvolvimento do país.

“Não dá para falar das lutas e conquistas no mundo do trabalho e na história do país sem falar da importância do envolvimento da CUT nesses assuntos. Foram 41 anos de muita luta e desafios. Por isso, dia 28 de agosto é dia de celebrar com muito orgulho o aniversário da CUT”, afirma Maria Aparecida Faria, Secretária de Comunicação da CUT Nacional.

FUP celebra trajetória da Central

 

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Sérgio Nobre: Desafio da CUT 4.1 é defender 100% da classe trabalhadora

“Companheiras e companheiras, a CUT completa neste 28 de agosto, 41 anos de fundação sob as marcas da luta, resistência e solidariedade. Nessa trajetória, a nossa Central foi decisiva para a organização e defesa da classe trabalhadora e da democracia em nosso país. A CUT lutou e luta em todas as frentes e esferas, da comunidade ao Congresso Nacional, por mais conquistas para a classe trabalhadora, por isso, tornou-se protagonista nos fóruns de decisão sobre os rumos do Brasil e referência para o sindicalismo mundial. Porque a história da nossa Centra Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras se funde à história do Brasil.

Hoje, é um dia muito especial, dia de rememorar lutas e conquistas do passado, e as recentes também, mas os desafios do futuro ainda são gigantescos e aumentaram na esteira do pós-golpe de 2016 e da pós-pandemia. Conseguimos a mais importante vitória em 2022, quando derrotamos o fascismo, mas estamos diante de um mundo do trabalho em permanente transformação, que exige mudanças no nosso modelo sindical. Hoje, metade da classe trabalhadora brasileira não tem direitos sociais, muito menos direitos trabalhistas.

O nosso grande desavio é mudar isso; é adequar o nosso modelo sindical a essa nova realidade, ampliar e construir caminhos para organizar e defender os interesses de toda a classe trabalhadora, não só a formalizada, mas também a que está à margem da legislação, sem carteira assinada, em empregos precários, explorada por plataformas de aplicativos, sem direito à representação e à negociação coletiva.

É um grande desafio, mas somos uma grande Central, que tem esse tamanho por causa da sua base, da sua militância, por isso, quero homenagear todos os homens e mulheres, militantes e dirigentes, que dedicaram suas vidas a escrever e a construir a história vitoriosa da CUT.

São essa militância e lideranças que, nesse mundo cada vez mais individualista, fazem a ação coletiva e solidária que norteia a CUT, desde a sua fundação, ação que atravessou o tempo e está traduzida por gente com braços levantados para votar, unidos em manifestações, cruzados contra a opressão e colados na luta por liberdades, justiça social, direitos, trabalho decente, oportunidades iguais e desenvolvimento sustentável, num país democrático e soberano.

Cada protesto, greve, eleição, mobilização, ação solidária; cada bandeira empunhada nas ruas, no local de trabalho, nas redes sociais; cada reunião para organizar a luta, seja olho no olho ou, por videoconferência como foi na pandemia, conta um pouco da nossa grande história de luta e também da história do Brasil.

Mostram como a CUT tornou-se fundamental para o país, desde o momento da sua fundação, até hoje. Nossa militância e todos nossos dirigentes e entes de base foram e são atores protagonistas de momentos decisivos da classe trabalhadora e do Brasil.

Não foi por acaso, mas pela nossa luta, que um ex-operário saiu do chão de fábrica para um sindicato e desse sindicato para a Presidência da República, por três vezes, para se tornar um estadista reconhecido mundialmente e o melhor presidente da história do Brasil. O que faz da nossa luta imediata, nas eleições deste ano, crucial para que Lula suba a rampa do Planalto pela quarta vez, em 2026.

As vitórias são incontáveis e nos abastecem; se apropriem e se orgulhem delas, porque elas nos fortalecem para vencer os próximos desafios.

Viva a CUT

Viva a Classe Trabalhadora

Viva toda a militância, a base, as lideranças que fizeram da CUT a maior Central Sindical da América Latina e uma das cinco maiores do mundo.”