Reconstrução

FUP e sindicatos marcam presença em cerimônia de retomada de investimentos na Reduc e na petroquímica

Fotos: Maria João Palma/FUP

Está prevista a geração de 38 mil empregos em Duque de Caxias. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, destacou que o projeto de retomada dos investimentos no refino e na petroquímica brasileira representa um novo ciclo de investimentos e de reconstrução do país, com o protagonismo do povo brasileiro, a partir da Petrobrás

[Da comunicação da FUP, com informações da Agência Petrobras]

Representantes da FUP, do Sindipetro Duque de Caxias e outros sindicatos participaram nesta sexta-feira, 04, da cerimônia do projeto de retomada de investimentos da Petrobrás refino e na petroquímica no estado do Rio de Janeiro, por meio da ampliação da Reduc e integração da refinaria com o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, o antigo Comperj.

Ao todo, serão investidos R$ 33 bilhões (dos quais R$ 4 bilhões a serem aportados pela Braskem, em projeto associado aos ativos da Petrobrás), o que possibilitará a geração de 38 mil empregos nas plantas de Duque de Caxias.

A cerimônia contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de diversos ministros, da diretoria executiva da Petrobrás, da conselheira eleita, Rosangela Buzanelli, de parlamentares e autoridades diversas, além de dirigentes da FUP.

O coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar, destacou que o projeto de retomada dos investimentos no refino e na petroquímica brasileira representa um novo ciclo de investimentos e de reconstrução do país, com o protagonismo do povo brasileiro, a partir da Petrobrás, que é a mola propulsora da economia e do desenvolvimento nacional.

Foto: Maria João Palma/FUP

Ele lembrou que os investimentos na Reduc e no Complexo Boaventura irão gerar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos no estado do Rio de Janeiro, consolidando a estatal como pilar da reindustrialização nacional e da transição energética.

“Estamos falando de investimentos estratégicos para o país, no refino e na petroquímica, pois estamos em tempos de guerra. Nós estamos passando por um momento em que, infelizmente, conflitos internacionais atingem o Brasil e esses investimentos através da Petrobrás para ampliação da capacidade de refino no nosso país serão importantíssimos”, lembrando que o Brasil ainda importa cerca de 10% de gasolina e em torno de 25% de diesel.

Foto: Maria João Palma/FUP

Segundo a Petrobrás, os investimentos na Reduc irão elevar a produção de Diesel S10 em 76 mil barris por dia, acrescentar 20 mil bpd de querosene de aviação e 12 mil bpd de lubrificantes produzidos a partir de petróleo do pré-sal, reduzindo a dependência de combustíveis importados e utilizando tecnologias de baixo impacto ambiental.

Haverá ainda testes de coprocessamento do diesel R7, com 7 % de conteúdo renovável, e, já em julho, avanços para o diesel R10, com 10 % de matéria-prima verde. Já a sinergia com a Braskem irá ampliar em 230 mil toneladas/ano a produção de polietileno e exigirá R$ 4,3 bilhões – investimento que sairá do caixa ou de financiamentos da petroquímica.

Lula: “Se a Petrobrás vai bem, o Brasil vai bem”

O presidente Lula reforçou o compromisso do seu governo com o uso soberano das reservas de petróleo para promover o desenvolvimento social e financiar a transição energética. “Tem gente que fala: ‘vamos acabar com o combustível fóssil’. Eu também sou favorável a acabar, quando a gente fizer do combustível fóssil o financiamento da chamada ‘transição energética’ que temos que fazer. Eu não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem”, afirmou.

Foto: Armando Paiva/Agência Petrobras

“Se pegar todos os presidentes juntos, eu vim mais vezes na Petrobrás sozinho que todos eles juntos. Sabe por que? Porque eu tenho dimensão da importância da Petrobrás para o país. Essa não é só uma empresa de petróleo, é a bússola da economia brasileira. Se a Petrobrás vai bem, o Brasil vai bem, as outras empresas vão bem, por isso temos que torcer para que Petrobrás seja cada vez maior, mais avançada, mais tecnológica, mais digital”, afirmou Lula.

Ele enfatizou que a Petrobras é peça-chave nesse processo, por sua atuação comprometida com metas climáticas e pela capacidade tecnológica que desenvolveu ao longo das últimas décadas. “Tenho orgulho de a Petrobrás ser uma empresa que leva muito a sério a questão climática”, declarou.