Com dados públicos, leveza e uma pitada de humor, Sindipetro-NF lança campanha estrelada por um agente nada secreto que tira da estatal o papel de “bode expiatório” dos problemas do Brasil, dado pelo governo Bolsonaro para se eximir de sua responsabilidade sobre a condução da economia brasileira
[Da assessoria de comunicação do Sindipetro NF]
“Meu nome é Bod, James Bod!” Não, você não está no cinema, ou vendo um filme na TV. James Bod é o simpático personagem da nova campanha do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que está sendo lançada nesta segunda-feira (22/8). Sua missão, nada secreta, é revelar verdades sobre a Petrobrás, combatendo mentiras e fake news que circulam entre a população brasileira, muitas vezes alimentadas pelo governo federal.
Para divulgar as informações verdadeiras sobre a Petrobrás, James Bod quer recrutar agentes “de carne e osso” para divulgar esses dados nas redes sociais e nas ruas. Para isso, já conta com perfis no Twitter, no Instagram e no Facebook, pelos quais vai interagir com novos agentes e usuários que tenham outras dúvidas sobre a maior companhia do país controlada pelo governo.
O trabalho investigativo de James Bod – o agente espiador, não expiatório – está em um hot site, que reúne uma centena de perguntas e respostas sobre variados assuntos envolvendo a Petrobrás, como privatização, transição energética e preços dos combustíveis. Nesse ambiente virtual, os usuários também irão encontrar outros materiais da campanha, como stickers e imagens de James Bod, bem como registros de ações do agente nada secreto nas ruas.
As “provas” de James Bod são todas baseadas em informações públicas. São dados abertos da própria petroleira, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros órgãos públicos. Além disso, Bod mostra análises desses dados feitas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). Tudo isso é completado por notícias veiculadas na imprensa sobre a Petrobrás, o setor brasileiro de petróleo e gás natural e empresas estatais e privadas.
“A melhor resposta para quem tenta transformar a Petrobrás em um ‘bode expiatório’ dos problemas nacionais é desmistificar esse bode, transformando-o em um bode espiador, que ‘desvenda’ verdades para combater mentiras e falsas acusações contra a empresa que perduram com o tempo. Apesar de sua leveza, James Bod trata dos assuntos de forma séria. Ele ‘conversa’ com as pessoas numa linguagem acessível a todos/as, mas apresentando dados consistentes e públicos. São temas importantes para a população brasileira, como os preços dos combustíveis”, explica Tadeu Porto, coordenador de Comunicação do Sindipetro-NF.
Campanha vai promover Atos Públicos
E James Bod não vai ficar na sala. O Sindipetro-NF está elaborando uma agenda de eventos públicos, que vão começar no Norte Fluminense, mas que poderão ser realizados em outras cidades do estado do Rio de Janeiro e do país.
Além de divulgar o agente nada secreto, atraindo audiência para o hot site e as redes sociais de Bod, os atos pretendem colocar “agentes Bod” de carne e osso à disposição das pessoas, para tirar dúvidas e derrubar mentiras sobre a Petrobrás.
“Não podemos deixar de usar nossa experiência e tradição em promover atos de rua. A rua é o local onde lidamos de perto com a população, onde conversamos com as pessoas, tiramos dúvidas e muitas vezes revertemos opiniões negativas sobre a Petrobrás. E, com o controle da Covid-19, estamos seguros e animados para ir às ruas com James Bod”, finaliza Porto.
Algumas verdades desvendadas por James Bod
• De 1º de janeiro de 2019 a 16 de agosto de 2022, o preço do gás de cozinha subiu 119,1% nas refinarias. Já o salário mínimo aumentou apenas 21,4% – menos que a inflação (IPCA), que acumula alta de 25,7% no período.
• Sem grandes obras da Petrobrás, o setor de construção naval e offshore empregava pouco mais de 21 mil pessoas em maio deste ano. É quase um quarto do registrado em dezembro de 2014, 82 mil trabalhadores. E equivale ao que o setor empregava em 2006 – há 16 anos.