“Essa conta não é nossa! Já passou da hora da Petrobrás resolver os problemas do nosso fundo de pensão. Queremos viver com dignidade e sermos respeitados”, afirmam os aposentados e pensionistas
[Da imprensa da FUP]
Esta quarta-feira, 24, Dia Nacional dos Aposentados, foi um dia de luta e não de comemoração para as famílias petroleiras do Sistema Petrobrás. Atos em diversas bases da empresa foram realizados pela manhã, em protesto contra os descontos abusivos nos benefícios dos aposentados e pensionistas, que há anos acumulam dívidas e passam as mais diversas dificuldades financeiras devido aos famigerados Planos de Equacionamentos de Déficits da Petros (PEDs).
“Essa conta não é nossa! Já passou da hora da Petrobrás resolver os problemas do nosso fundo de pensão. Queremos viver com dignidade e sermos respeitados”. De Norte a Sul, o desabafo da categoria petroleira tem sido o mesmo há muito tempo.
No entanto, passado um ano da mudança na gestão da Petrobrás, nenhuma solução foi dada e os participantes da ativa e os assistidos dos Planos de Previdência Complementar do Sistema Petrobrás (PPSPs) continuam pagando por déficits que deveriam ter sido assumidos integralmente pela empresa.
Os atos desta quarta-feira foram mais um recado enfático à gestão da Petrobrás para que resolva de forma urgente e definitiva os problemas que causaram o desequilíbrio financeiro dos PPSPs.
Desde o início da manhã, os sindicatos da FUP mobilizaram as trabalhadoras e os trabalhadores na porta das unidades, cobrando um posicionamento da diretoria da empresa. Houve manifestações na Refinaria Abreu e Lima e no Terminal de Suape (PE), na Lubnor (CE), na Recap (SP), na Replan (SP), na Refap (RS) e na Repar (PR) e na antiga SIX, em São Mateus do Sul (PR).
Os aposentados e pensionistas também compareceram em massa aos atos que foram realizados em frente às sedes da Petrobrás em Natal (RN), em Salvador (BA) e no Edisen, Rio de Janeiro.
“Presidente Jean Paul, cumpra a sua promesa, vamos acabar com os equacionamento. Para isso, é importante que as propostas que saírem do Grupo de Trabalho sejam aprovadas pela sua diretoria”, afirmou o diretor da FUP, Paulo César Martin, em frente ao Edifício Senado, no Rio de Janeiro, prédio que abriga as diretorias e as principais gerências executivas da empresa.
O ato do Rio prosseguiu até por volta das 13h, com a presença de várias representações de aposentados e pensionistas. A manifestação foi proposta e organizada pela FUP como um ato unificado, envolvendo também a FNP, a Confederação Nacional dos Marítimos (Conttmaf), a Federação das Associações de Aposentados (Fenaspe) e a Associação dos Mantenedores e Beneficiários da Petros (Ambep).
Os sindicatos petroleiros enviaram ônibus com participantes e assistidos da Petros, que se deslocaram de várias regiões do país e das cidades do entorno do Rio de Janeiro. Há caravanas do Paraná, da Bahia, de Minas Gerais, do Espírito Santo, do Norte Fluminense, de Duque de Caxias, de São Paulo, além de representações do Amazonas, do Rio Grande do Sul e de várias outras bases da FUP.
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Confira os depoimentos dos representantes da categoria durante o ato contra os equacionamentos da Petros.