Categoria aumenta a pressão e inicia na sexta-feira, 27, paralisações por segmentos, começando pelo refino e UTEs
[Da imprensa da FUP]
Seguindo o indicativo conjunto da FUP e da FNP, as trabalhadoras e os trabalhadores do Sistema Petrobrás estão rejeitando por unanimidade a segunda contraproposta apresentada pela Petrobrás e subsidiárias para o Acordo Coletivo de Trabalho. Na reta final das assembleias, a categoria vem reforçando a indignação com os avanços tímidos apontados pela empresa, mesmo após diversas rodadas de negociação com as representações sindicais.
Nas bases da FUP do Espírito Santo e do Amazonas, a consulta aos trabalhadores já foi finalizada com rejeição unânime à contraproposta e aprovação do indicativo de um calendário nacional e unitário de paralisações por segmentos, em todo o Sistema Petrobrás, entre os dias 27/10 e 01/11.
As assembleias prosseguem ao longo desta semana, com o mesmo quadro de indignção que está levando a categoria a rejeitar por unanimidade o que foi proposto pela empresa. No Rio Grande do Sul, os petroleiros finalizam nesta terça, 24, as assembleias; no Ceará e em Duque de Caxias, a consulta à categoria termina na quarta, 25, e nas demais bases, na quinta-feira, 26.
No Rio Grande do Norte, onde os trabalhadores estão em processo de registro de chapas para escolha da nova diretoria do sindicato, as assembleias serão realizadas entre os dias 25 e 27.
Paralisações começam esta semana
Seguindo o encaminhamento de fortalecimento da unidade da categoria, a FUP e a FNP construíram um calendário conjunto de paralisações por segmentos, envolvendo nacionalmente todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás.
As mobilizações começam na sexta-feira, 27, nas refinarias e UTEs, e prosseguem na semana seguinte, com paralisações nas subsidiárias, na próxima segunda, 30/10; nas unidades administrativas na terça, 31/10, e nas bases de Exploração e Produção, na quarta, 01/11.
A FUP e a FNP também estão realizando reuniões conjuntas com a SEST, buscando avanços em pontos considerados prioritários, principalmente a AMS. As representações sindicais têm alertado que é inadmissível uma empresa com resultados extraordinários, como a Petrobrás, continuar sacrificando os trabalhadores para enriquecer acionistas, que se apropriam da riqueza coletiva.
O projeto do governo anterior de gerar rentabilidade máxima para o mercado financeiro teve consequências nefastas para o país e para os trabalhadores, que gerou passivos humanitários jamais vistos no Sistema Petrobrás. Vide o gravíssimo quadro de sofrimento mental, assédios, doenças ocupacionais e insegurança que afeta a categoria.
A política deliberada da gestão passada de desmonte da AMS, de redução drástica dos efetivos, de retirada de direitos e de arrocho salarial precisa ser reparada nesse Acordo Coletivo.
A FUP e a FNP exigem soluções das questões consideradas estruturantes para a categoria, como o resgate da AMS, a preservação da vida dos trabalhadores impactados pelas transferências compulsórias, a construção de uma política justa e transparente de recomposição dos efetivos, a garantia de condições seguras de trabalho e de melhoria da qualidade de vida nas unidades industriais e o fim dos afretamentos de plataformas e navios.