Trabalhadores ocupam neste momento a sede da empresa, em Belo Horizonte. Assim como a Petrobrás, a Companhia Energética de Minas Gerais está sendo atacada por um gestão privatista, que atua em benefício próprio, desrespeita os direitos dos trabalhadores e não dialoga com as representações sindicais
[Da imprensa da FUP, com informações do Sindieletro/MG | Fotos: MAB]
A FUP e seus sindicatos são solidários à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), que paralisaram por tempo indeterminado suas atividades, em protesto contra a intransigência, a truculência e os ataques do governo de Romeu Zema (Novo). Além de desmontar a Cemig para acelerar a sua privatização, o governo de Minas Gerais não dialoga com os trabalhadores, persegue as representações sindicais e travou o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Na semana passada, a categoria rejeitou massivamente nas assembleias a contraproposta rebaixada apresentada pela direção da empresa e aprovou greve por tempo indeterminado, que foi deflagrada à zero hora desta segunda-feira, 29/11. Os trabalhadores também exigem o imediato afastamento do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, que assumiu o comando da empresa em janeiro de 2020 e está sendo investigado por ter instalado uma gestão de ‘vale-tudo’ na companhia para torna-la “privatizável”.
“A estatal está sendo desmontada pelo governo para ser privatizada e é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que aponta várias irregularidades cometidas pelos gestores indicados pelo governador”, afirmou o Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, em nota enviada à imprensa, na qual também questiona privilégios que seriam “garantidos à alta cúpula” da estatal, como remuneração milionária que engloba salários e rendimento variável e um contrato para fornecimento de refeições para os diretores no valor de R$ 1,2 milhão ao ano. Pelos cálculos do Sindieletro, a refeição diária para cada diretor que usa o restaurante ‘vip’ da Sede da Cemig custa R$ 350,00.
Ocupação da Cemig
Nesta terça, 30/11, os eletricitários, diversos sindicatos, inclusive o Sindipetro MG, e movimentos sociais de Minas Gerais realizam ato em apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig, em defesa dos serviços públicos e contra a privatização das estatais mineiras. Os manifestantes estão ocupando a sede da estatal, contra a privatização da empresa e por preços justos para a energia elétrica. “A ocupação é também um ato de solidariedade à greve dos eletricitários, em defesa dos direitos da categoria e contra os ataques da gestão Zema na Cemig”, informam a CUT/MG e os movimentos sociais que organizam o ato.
Nas redes sociais, o movimento de apoio à greve também cresce, com a tag #CemigEsseTremÉNosso
Todo apoio à greve dos trabalhadores da Cemig! A categoria petroleira é integralmente solidária à luta dos trabalhadores contra a privatização e por direitos. Essa luta também é nossa.