Em ato pelos 68 anos da Petrobrás, petroleiros reafirmam compromisso de luta contra a privatização da estatal

Após os atos por ‘Fora Bolsonaro’, realizados no sábado, 02, a luta em defesa da Petrobrás e por preços justos para os combustíveis foi a tônica do ato nacional que a FUP e os sindicatos realizaramm nesta segunda, 04, na Bahia, onde tudo começou

[Da imprensa Sindipetro Bahia | Fotos: Wendell Fernandes]

O ato nacional em comemoração aos 68 anos da Petrobrás e em protesto contra o desmonte e privatização da estatal reuniu aproximadamente mil pessoas na manhã desta segunda-feira (4), próximo ao Trevo da Resistência, local que dá acesso à Refinaria Landulpho Alves, localizada no município de São Francisco do Conde, na Bahia.

Com grande participação dos trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobrás, o ato, que começou às 7h, durou cerca de três horas e reuniu representantes de diversas categorias, sindicatos, centrais sindicais e parlamentares.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, falou sobre a importância da Petrobrás para a geração de empregos e fortalecimento da economia nacional, enfatizando que a estatal “é vital para o Brasil e que é um crime privatizá-la”. Ele também falou sobre a luta da CUT contra as privatizações das empresas públicas. Nobre fez ainda  severas críticas ao governo Bolsonaro, destacando e lamentando as  quase 600 mil vidas perdidas no Brasil para o Coronavírus, a inflação galopante e a política econômica do governo federal que trouxe de volta ao país a fome e a miséria.


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A presidenta da CUT Bahia, Maria Madalena Firmo (Leninha) falou da necessidade de intensificar a luta contra a privatização das estatais, convocando os trabalhadores e trabalhadoras a fazerem parte desta batalha.

A deputada Federal, Lídice da Mata (PSB-BA) falou sobre as eleições de 2022, da urgência de um novo projeto social e econômico para o país e da necessidade de eleger deputados alinhados com a classe trabalhadora.

A superintendente de Assuntos Parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Ivoneide Caetano, afirmou que “para manter a Petrobrás viva é preciso derrotar Bolsonaro e eleger Lula em 2022”.

O Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP),  Deyvid Bacelar lembrou a história de luta da categoria petroleira, da Federação e seus sindicatos  contra a privatização da estatal, ressaltando que a Petrobrás nasceu na Bahia e também está sendo destruída pelo governo Bolsonaro a partir da Bahia, onde várias unidades foram vendidas e colocadas à venda, como é o caso da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que está sendo comercializada por metade do preço do  seu valor de mercado.

 “Enquanto isto, o povo brasileiro paga a conta da privatização a todo custo como vem tentando fazer o governo Bolsonaro”, afirma Bacelar se referindo, entre outras coisas, à Política de Paridade de Importação, adotada pela atual gestão da Petrobrás para facilitar a privatização das suas refinarias e que vem provocando os sucessivos reajustes dos preços dos combustíveis e gás de cozinha.

 O Coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, também destacou “a equivocada política de preços da Petrobrás que está enriquecendo os acionistas e empobrecendo o povo brasileiro ao produzir os derivados de petróleo em real e vender ao consumidor pelo valor do dólar”.  Batista garantiu que “o Sindipetro Bahia e a categoria petroleira não vão parar de denunciar e promover ações de vendas a preços justos do gás de cozinha e gasolina até que a estatal mude sua política de preços e volte a cumprir o seu papel social”.

 Além da diretoria do Sindipetro Bahia, participaram do ato, representantes do Sindipetro Litoral Paulista, do Sindipetro Paraná/Santa Catarina, Sindipetro Minas Gerais e Sindipetro Unificado de São Paulo. Estavam presentes também  o Secretário Geral da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) Adaedson Costa, a vice-prefeita de Candeias, Lindinalva Freitas, servidores públicos de São Francisco do Conde e representantes dos eletricitários, da AEPET, Sindvigilantes, Sitticcan, Movimento Popular da Juventude do PT, CTB,  Sindae,  APUB e Abraspet.

 As falas dos presentes se voltaram para pontos em comuns, passando pela manutenção da Petrobrás como empresa pública e integrada, pela defesa de outras empresas públicas de grande importância para o país como a Eletrobras e os Correios e pela urgência de derrotar o governo Bolsonaro, seja através do impeachment ou das urnas, para que “o Brasil volte a ser um país para todos, com desenvolvimento, soberania e justiça social”.