O feriado de 7 de setembro será mais uma vez marcado por mobilizações pelo #ForaBolsonaro e pelo Grito dos Excluídos, com atos já confirmados em mais de 170 cidades do Brasil e exterior. A indignação da maioria da população contra o pior presidente da história do país também ocupará as redes sociais com a hastag #7SForaBolsonaro.
As manifestações estão sendo organizadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais que integram as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Veja aqui o mapa das mobilizações
Com o lema é “A Vida em Primeiro Lugar”, a 27ª edição do Grito dos Excluídos tem como eixos de luta participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda. A FUP e seus sindicatos estarão presentes, fortalecendo as ações solidárias que os petroleiros vêm realizando desde o início da pandemia, através da venda subsidiada de botijões de gás de cozinha a preços justos e de doação de alimentos para as comunidades em situação de risco.
Feijão sim, fuzil não
Ítem básico da alimentação das famílias brasileiras, o feijão, além de dobrar de preço neste último ano, foi desdenhado pelo presidente Bolsonaro, que recentemente chamou de “idiotas” quem defende comprar feijão em vez de fuzil. Em protesto, a FUP e os sindicatos de petroleiros estão doando mais de uma tonelada de feijão nas mobilizações da Semana da Pátria, que culminam com o Grito dos Excluídos, no dia 07.
Na última quinta-feira, 02, a FUP e os Sindipetros Norte Fluminense e Duque de Caxias distribuíram 350 quilos de feijão em ação solidária na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde foram subsidiados 350 botijões de gás a R$ 50,00 para as famílias da comunidade da Carobinha, em Campo Grande.
No dia 07 de setembro, mais 800 quilos de feijão serão distribuídos pelos sindicatos de petroleiros ao final dos atos do Grito dos Excluídos, em Vitória, no Espírito Santo, e em Salvador, na Bahia. No Norte Fluminense, o Sindipetro-NF fará uma feijoada, que será distribuída à população em situação de vulnerabilidade social de Macaé e Campos, ao final das manifestações do dia 07.
O Sindipetro-ES distribuirá meia tonelada de feijão no ato que acontecerá em frente à Câmara de Vitória. O feijão que será doado foi produzido pelo Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), através de cooperativas de agricultura familiar que produz alimentos saudáveis e sem agrotóxicos.
Em Salvador, o Sindipetro-BA distribuirá 300 quilos de feijão à população, também ao final do Gritodos Excluídos.
Gás a preço justo
Como parte das ações da campanha “Combustíveis a Preço Justo”, realizada pela FUP e seus sindicatos há mais de dois anos, através do subsídio de gás de cozinha, gasolina e diesel, o Sindipetro Bahia realiza no sábado, 04, a distribuição por R$ 50,00 de 80 botijões de gás de cozinha. A ação será a partir das 8h, no município de Mata de São João – Rua Aristides Maltez (ao lado do bar de Dedé), no bairro do Caboré. Os moradores precisam levar um botijão vazio e um comprovante de residência (água ou energia).
Já no Paraná, a ação se dará na comunidade Nova Esperança, localizada em Campo Magro, região metropolitana de Curitiba, no dia 7 de setembro, a partir das 9h, durante o Grito dos Excluídos. Serão distribuídos alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade. Além disso, haverá plantio de árvores e a inauguração de uma padaria comunitária, com 50 cargas de gás de cozinha para seu funcionamento. Segundo o Sindipetro PR/SC, uma das entidades responsáveis pela ação solidária, são pelo menos cinco mil pessoas em situação de vulnerabilidade social na Vila Nova Esperança, com aproximadamente 1600 crianças.
A campanha “Combustíveis a Preço Justo” tem por objetivo, além da ajuda humanitária, explicar à população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobrás desde outubro de 2016, que considera o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. O impacto vai além do valor dos derivados de petróleo, como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina: também afeta os preços dos alimentos, transportes e demais itens, num efeito cascata com forte impacto sobre a inflação.
Segundo dados da Petrobrás, o gás de cozinha já acumula um aumento de 38,1% em 2021 – ou seja, quase oito vezes mais do que a inflação oficial do país, de 4,76% até julho, medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outro levantamento do IBGE mostra que, desde 2016, 30 por cento da população passou a usar lenha para cozinhar; 50 por cento das residências do país passa por insegurança alimentar; e 20 milhões de brasileiros passam fome. Só nas últimas 24 horas, houve diversas notícias sobre famílias que sofreram queimaduras graves ao usar álcool para cozinhar, por não terem dinheiro para comprar um botijão de gás. Em julho deste ano, um homem morreu pelo mesmo motivo.
“Tem gente usando lenha e até álcool para cozinhar. Esses reajustes que a gestão da Petrobrás vem aplicando não apenas no gás de cozinha, mas também no óleo diesel e na gasolina podem ser evitados. Basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e considerar também os custos nacionais de produção. Afinal, 90% dos derivados de petróleo que a gente consome são produzidos no Brasil, em refinarias da Petrobrás. E a empresa utiliza majoritariamente petróleo nacional, que ela mesma produz aqui.”, explica o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
[Imprensa da FUP, com informações dos sindicatos]