No próximo dia 24, a FUP e seus sindicatos estarão de volta às ruas nos atos convocados pelos movimentos sociais e centrais sindicais para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a abrir o processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. As manifestações são organizadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com a expectativa de levar para as ruas um número ainda maior de brasileiros e brasileiras que compareceram aos atos dos dias 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.
Os sindicatos de petroleiros de todo o Brasil estarão em peso nos atos do dia 24. O coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, ressalta a importância da categoria se somar às manifestações:
A orientação da FUP é que só participem dos atos os petroleiros e petroleiras que estiverem em boas condições de saúde. As manifestações serão realizadas em locais amplos e abertos para evitar o máximo possível as aglomerações. Ainda assim as medidas de segurança devem ser reforçadas, como o distanciamento de dois metros e o uso de máscaras e álcool em gel.
No Rio de Janeiro, a Federação e os Sindipetros Norte Fluminense e Duque de Caxias estão montando uma estrutura para receber com segurança os petroleiros e demais trabalhadores que comparecerem ao ato. Um carro de som fará recomendações de segurança o tempo todo, faixas e cartazes estão sendo preparados e máscaras e álcool gel serão distribuídos.
A pressão nas ruas é fundamental para que os parlamentares deem andamento aos pedidos de impeachment de Bolsonaro. São mais de 120 pedidos apresentados por diversos setores da sociedade civil, elencando dezenas de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente e por seu governo genocida.
A atual conjuntura é dramática, tanto do ponto de vista político, quanto do sanitário – a pandemia da Covid-19 se aproxima de 600 mil mortos no país. Essa tragédia anunciada é resultado do descaso de um governo negacionista, que defendeu tratamentos ineficazes, demorou a comprar as vacinas e agora está sendo investigado por suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde, com o envolvimento de militares. Uma situação insustentável também economicamente, com um quadro de mais de 20 milhões de desempregados e desalentados e a fome que atinge 25 milhões de brasileiros. São motivos mais do que suficientes para o povo exigir a saída de Bolsonaro.
A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de julho, mostrou que 54% dos brasileiros são a favor do impeachment de Bolsonaro. Para 51%, ele é um presidente ruim ou péssimo. A pesquisa também mostrou que para a maioria dos brasileiros Bolsonaro é desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário, favorece os ricos e mostra pouca inteligência.
Para as entidades que integram a campanha Fora Bolsonaro, somente com o fim deste governo, será possível pensar em um projeto de recuperação econômica para o país, com foco na geração de emprego e renda e em políticas de proteção social, principalmente para as camadas da população mais impactadas pela pandemia.
[Imprensa da FUP]