A categoria petroleira terá seu acordo de PLR assinado no próximo dia 28, graças à luta travada desde o inicio de 2020 com a greve histórica que começou na FAFEN PR e se estendeu por todo o Brasil.
A assinatura do acordo de PLR significa a importância de se manter institucionalmente uma política de distribuição de remuneração negociada com a categoria, portanto mais equilibrada e justa como foi feito no acordo assinado nos anos de 2014 e 2019.
A negociação coletiva garantiu que nos próximos dois anos os petroleiros tenham seu ACT mantido com mudanças apenas no plano de saúde, com maior contribuição por parte dos trabalhadores, e com relação às liberações dos dirigentes sindicais.
A grande conquista da categoria está na clausula histórica da garantia de emprego, a Petrobrás não pode demitir nenhum trabalhador e trabalhadora sem justa causa. Com o fim das assembleias, a categoria aprovou a proposta de regramento para a participação de lucros e resultados correspondente aos anos de 2021 e 2022.
Para Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, ”As conquistas não foram as ideais mas foram as possíveis para o momento conjuntural que estamos vivendo.”
Ainda há pendências para resolver dentro dos GTs, sobre hora extra de troca de turno, banco de horas, fórum de efetivo e acordo para teletrabalho. Mas, o principal desafio da categoria petroleira vai ser a luta em defesa do sistema Petrobras. “A categoria está atenta e não vai assistir às entregas da atual gestão da empresa, sem fazer nada e já está se mobilizando para uma nova greve em 2021”
Será um ano de muita luta e resistência.
FUP e sindicatos organizam, a nível nacional e local, mobilizações, atos, paralisações, atrasos, cortes de rendição em defesa do Sistema Petrobras, dos direitos, dos empregos e da vida.
Aprovado com data a definir:
1. Ato nacional contra a venda da Rlam e dos terminais da Bahia.
2. Dia Nacional de Luta em defesa da redução do preço do botijão de gás, com ações em diversas cidades do país, articuladas em conjunto com os sindicatos.
3. Greve na Bahia. Foi aprovada a realização de mobilizações e de uma greve – com datas a serem definidas pelo Sindipetro Bahia e FUP – contra a privatização do Sistema Petrobrás, por direitos, empregos e pela vida.