A FUP e seus sindicatos se solidarizam com os manifestantes que foram atacados e arbitrariamente detidos na noite da última quarta-feira (6), durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) que autorizou o governo Tarcísio de Freitas a privatizar a Sabesp.
Repudiamos veementemente o autoritarismo do governador, que vem tratando com truculênica as manifestações contrárias ao pacote de privatizações que está impondo à população de São Paulo.
Servidores públicos do Sindicato dos Professores Estaduais e do Sintaema, que representa os trabalhadores do saneamento, e vários outros militantes acompanhavam da galeria do plenário da Alesp a votação, manifestando-se democraticamente contra o projeto de privatização da Sabesp, que foi aprovado por 62 votos.
Em meio ao protesto pacífico, diversos manifestantes foram atacados pela tropa de choque da PM, que utilizou gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetetes. Jornalistas também foram obrigados a deixar o local.
Várias pessoas foram feridas durante a violenta ação do governo de Tarcísio, em mais um episódio inaceitável de perseguição e criminalização de trabalhadores contrários á entrega do patrimônio público. Funcionários do Metrô já haviam sido demitidos e suspensos por lutarem contra a privatização da empresa.
Além da repressão violenta contra os manifestantes, a Polícia Militar prendeu arbitrariamente quatro militantes da Unidade Popular. São eles Ricardo Senese, Lucas Carvente, Hendryll Luiz e Vivian Mendes, que foi candidata ao Senado por São Paulo, nas eleições de 2022.
A FUP e seus sindicatos consideram inaceitável a conduta do governador Tarcísio e exigem a imediata liberação dos companheiros detidos. Reiteramos nossa total solidariedade à luta dos trabalhadores de São Paulo contra as privatizações.
Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 2023
Direção Colegiada da Federação Única dos Petroleiros