A descarbonização passa pela produção de fertilizantes verdes para a agroindústria e a agricultura familiar e a Petrobrás tem tudo para ser pioneira na produção desses novos insumos
[Da imprensa da FUP]
Representantes da FUP e da Petrobrás realizaram nesta sexta-feira, 19, a primeira reunião conjunta para atualização do andamento do Grupo de Trabalho que está discutindo a retomada do setor de fertilizantes. Após muita luta e cobrança, os representantes dos trabalhadores garantiram participação no GT, que já vinha se reunindo desde o ano passado.
A Petrobrás informou que o GT inicialmente está estudando alternativas de um novo modelo de negócio para as fábricas da Bahia e de Sergipe (FAFEN-BA e FAFEN-SE) que foram arrendadas no governo Bolsonaro para a Unigel.
O passo seguinte será de análise global de todo o setor de fertilizantes no Sistema Petrobrás. A empresa também apresentou a metodologia que foi adotada para a execução dos estudos do GT.
A FUP tornou a cobrar a inclusão dos trabalhadores das FAFENs Bahia e Sergipe na abrangência da carta-compromisso de outubro de 2023, onde a Petrobrás anuncia medidas para reduzir os impactos causados pelas transferências no dia-a-dia e na saúde mental dos trabalhadores.
“Reforçamos a necessidade de garantir que esses trabalhadores sejam o menos impactados possível pelas transferências, visto que até o momento eles seguem excluídos dessa carta-compromisso, ferindo o princípio da isonomia, na contramão da proposta da Petrobrás de cuidar das pessoas”, afirma o diretor da FUP, Albérico Queiroz, que participa do GT.
Outro ponto bastante enfatizado pela FUP foi a importância de uma visão de futuro para garantir a sustentabilidade do setor de fertilizantes a longo prazo, com atualização tecnológica e inserção na transição energética justa. Queiroz destaca que a descarbonização passa pela produção de amônia verde para a agroindústria e a agricultura familiar e que a Petrobrás tem tudo para ser pioneira no Brasil na produção desses novos insumos.
“Esse será um passo fundamental na transição energética justa e sustentável que este país tanto precisa. Para isso, precisaremos ter a mesma ousadia que tivemos com o pré-sal e desbravar novos caminhos rumo ao futuro. Nossa luta segue rendendo resultados e vamos continuar firmes em nosso propósito. Se não vencemos ainda é um sinal de que a luta não acabou”, afirmou.
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