Nesta segunda-feira, 28 de agosto de 2023, a CUT completa 40 anos. Maior central sindical da América Latina tem trajetória marcada pelo protagonismo na história de luta por direitos e democracia no Brasil
[Da redação da CUT, com edição da FUP]
Há quarenta anos, em São Bernardo do Campo, a Central Única dos Trabalhadores surgia, em plena ditadura militar, com a ousadia de levantar a bandeira da liberdade e autonomia sindical e de organizar a classe trabalhadora. Desde o respeito e a garantia dos direitos no local de trabalho, onde quem gera a riqueza deve ter voz, até a forma de filiação e sustentação sindical.
Passadas quatro décadas, a defesa da democracia e a unidade de trabalhadores e trabalhadoras contra a superexploração do trabalho e por condições dignas seguem como pauta. Não porque a luta da CUT foi em vão, mas porque essas pautas dependem de uma batalha que nunca acaba e o papel da Central foi fundamental para garantir avanços nesses aspectos ao longo desses anos.
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Como reconhecimento a esse protagonismo, em sessão solene que homenageou a CUT na manhã desta segunda-feira (28) na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), dirigentes sindicais, parlamentares com origem nos sindicatos e representantes de entidades parceiras da classe trabalhadora trataram da necessidade de reconhecer as conquistas do passado, mas sem esquecer a responsabilidade da entidade para o futuro do país. Saiba mais aqui.
Redemocratização, golpe e reconstrução do Brasil
Se em 1983 a CUT teve papel decisivo na reconquista da democracia e na derrota da ditadura, nos tempos mais recentes, novamente cumpriu esse papel ao atuar para derrotar um projeto de governo que vinha colocando o país nos mesmos trilhos dos horrores daqueles tempos.
Em 2022, a CUT e seus sindicatos, por meio de sua militância e diálogo com a sociedade, seja nas ruas, nas redes sociais, no portal ou pelos demais meios de comunicação, levou um alerta à sociedade de que o Brasil precisava ser não somente reconstruído, mas retomado pelas mãos da classe trabalhadora, imensa maioria no país.
Após seis anos de um golpe que tirou do poder uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, e levou à cadeira do executivo aquele que participou da arquitetura do golpe, Michel Temer, passando pelos quatro anos de uma imersão profunda do país em retrocessos promovidos por Jair Bolsonaro, era hora de a classe trabalhadora, de forma democrática e ao contrário da conduta de seus oponentes, eleger novamente aquele que já havia sido o melhor presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2023, o futuro se concretizou. Ainda que um processo de reconstrução do país, o que inclui recuperar direitos duramente atacados nos últimos anos seja um processo que requer muito esforço, até mesmo pelas transformações do mercado de trabalho e a sociedade, em seus 40 anos, a CUT se orgulha de, mais uma vez, ter cumprido seu papel de defensora tanto da democracia como de justiça e igualdade social, de direitos e, acima de tudo, da dignidade dos milhões de trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
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