Aconteceu nesta quarta-feira, 17, a primeira reunião da FUP com o novo presidente da Transpetro S.A., Sérgio Bacci.
O coordenador geral, Deyvid Bacelar, entregou a pauta de reivindicações nacionais dos representantes dos trabalhadores e ressaltou a importância desta empresa no projeto de emprego e renda do governo federal para a reconstrução do Brasil . “O resultado eleitoral de 2022 garantiu a vitória do presidente Lula e a retomada da democracia, interrompendo a continuidade do projeto fascista que pretendia tomar para si toda a nossa companhia. Sabemos que os desafios dessa nova gestão na Transpetro não serão fáceis, contudo, acreditamos na capacidade das trabalhadoras e trabalhadores, da força desta empresa e seu poder de recuperação. Nesse sentido, apresentamos uma pauta de interesse da categoria, tanto para a retomada e melhoria de direitos como para o fortalecimento da Transpetro”.
Como esperado, o tom da presidência está alinhado ao da FUP e do governo, que é de reconstrução da empresa e da economia do país.
Após anos de desmonte da estrutura organizacional e física da empresa, Sérgio Bacci quer ampliar a carta de negócios da empresa e promete cuidar da saúde mental dos trabalhadores e combater qualquer tipo de assédio. “Não vamos tolerar, vamos demitir”, afirmou.
Logo no primeiro encontro, como forma de reparação histórica, Bacci anunciou que irá cumprir a ordem judicial para a reintegração do diretor do Sindipetro NF, ao terminal de Cabiúnas. Claudio Nunes foi demitido e perseguido pelos governos golpistas.
Além dele, também será reavaliada a situação do dirigente do Sindipetro PE/PB, Alexandre Evangelista, assim como a de outros companheiros que também sofreram perseguição política.
Além disso, os representantes dos petroleiros cobraram firmeza da empresa quanto aos casos de assédio gerencial e sexual que vêm ocorrendo no ambiente de trabalho.
Também foi enfatizada a necessidade de concurso público para a urgente recomposição de efetivo, dando ênfase a diversidade, inclusive nos cargos de gestão. “O trabalho não diminui, mas o quadro de empregados da empresa vem diminuindo ao longo dos anos. O que tem causado o aumento do estresse e adoecimento de todos”, alertou a FUP.
Sobre o adicional de dutos, a Federação reforçou a importância do Grupo de Trabalho que trata o tema e da inclusão do novo adicional de dutos no Acordo Coletivo de Trabalho, que havia sido engavetado pela antiga gestão da empresa.
Assuntos abordados na reunião:
– Práticas antissindicais – comissão anistia. Reincorporação de demitidos na Transpetro;
– Indústria naval e conteúdo local;
– Reconstrução da Transpetro, resgatando seu tamanho e importância, seguindo novas fronteiras da Petrobrás;
– Segurança operacional (engenharia e inspeção): Faixas de duto e relação com comunidade;
– Responsabilidade social;
– Novo adicional de dutos;
– SMS – efetivo, saúde mental, periódico e estrutura de atendimento a saúde local;
– Valorização dos terceirizados: patamares mínimos, tempo de contrato, plano de saúde, periculosidade;
– Ampliação da participação da Transpetro nos GTs da Petrobrás;
– Ações de combate aos assédios, teletrabalho PCDs.
Leia na íntegra o ofício entregue ao presidente:
Carta Transpetro