A expectativa da FUP e do Sindiquímica PR é de que a diretoria da Petrobrás aprove ainda esta semana a nova proposta que foi consensuada com o MPT
[Da imprensa da FUP]
Com a categoria petroleira mobilizada e iniciando assembleias para aprovar estado de greve, a FUP e o Sindiquímica Paraná enfatizaram no TST que a recontratação imediata e por tempo indeterminado dos ex-empregados da Fafen PR é imprescindível para a reabertura da fábrica em condições de segurança.
Em mais uma audiência de conciliação com a Petrobrás, realizada nesta segunda-feira, 13, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, as entidades sindicais e o Ministério Público do Trabalho (MPT) reforçaram que os termos para retorno dos trabalhadores devem ser justos e nos mesmos moldes do Acordo Coletivo que vigorava em 2020, antes do fechamento da Fafen. Isso inclui um contrato sem prazo determinado de dois anos, como vem tentando impor a Petrobrás, e com as mesmas condições de trabalho, incluindo salários e benefícios, que eram praticadas pela Araucária Nitrogenados (Ansa).
A expectativa dos dirigentes sindicais é de que a Petrobrás se posicione favorável a uma proposta que atenda os pontos essenciais que foram apresentados pela FUP e pelo Sindiquímica, tanto nas rodadas de negociação, como nas audiências com o TST. A Diretoria Executiva da estatal deve bater o martelo ainda esta semana, na reunião do dia 16 de maio.
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Uma nova audiência de conciliação no TST está agendada para o próximo dia 22, quando a categoria espera poder, finalmente, celebrar um acordo justo que corrija as injustiças cometidas e restabeleça a dignidade das famílias dos demitidos da Fafen PR.
“Tivemos avanços importantes nesta audiência e esperamos que a diretoria da Petrobrás aprove a nova proposta que construímos aqui, junto com o MPT. Queremos voltar para a próxima audiência com um acordo consensuado entre as partes. Os trabalhadores estão ansiosos para retomarem o quanto antes a operação da Fafen PR. Lembramos que esse é um compromisso que foi assumido pelo presidente Lula e pelo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Ele reforça que, mais do que nunca, é fundamental que as trabalhadoras e os trabalhadores do Sistema Petrobrás sigam mobilizados e atentos ao calendário de paralisações e outras ações que a FUP indicará nos próximos dias, conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo na última semana.
As assembleias já começaram nesta segunda, com atos e atrasos em Araucária (PR), na Reduc (RJ), na Recap (SP), na Regap (MG) e na UTE Três Lagoas (MS). A reabertura da Fafen PR, com retorno imediato dos trabalhadores que foram arbitrariamente demitidos, é uma das principais bandeiras que a categoria petroleira vem lutando ao longo dos últimos anos e que foi a principal motivação da histórica greve de fevereiro de 2020.
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Além das mobilizações nas bases e pressão na mesa de negociação com a Petrobrás, a FUP e o Sindiquímica PR estão realizando diversas ações políticas junto ao governo federal e aos parlamentares que têm estado junto com a categoria na luta pela reabertura da Fafen PR, como é o caso da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT/PR), com quem os dirigentes sindicais estiveram reunidos na última sexta-feira (10).
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