[Da imprensa do Sindipetro RS, com informações da FUP]
Os petroleiros e as petroleiras da Refap amanheceram nesta terça-feira, 03, mobilizados em defesa da Petrobrás e da soberania nacional. O aniversário de 70 anos da empresa foi celebrado pela categoria com atos em todo o Brasil, manifestações e muita luta, pressionando o governo e a gestão pela reconstrução da estatal e reumanização das relações de trabalho.
O ato na Refap contou com a presença do deputado estadual Miguel Rosetto (PT-RS), do presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, do presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci e outras entidades sindicais e lideres de movimentos sociais.
Para o deputado Miguel Rossetto, as razões são grandes para comemorar, pois a Petrobrás é a grande empresa do povo brasileiro e se posiciona dentro do grande projeto de transição energética mundial.
Já o presidente nacional da CUT elogiou o Sindipetro-RS e a luta da categoria petroleira, na defesa de uma Petrobrás pública e como ferramenta de fortalecimento da soberania do Brasil.
Ato Nacional e Unificado
O Centro do Rio de Janeiro foi ocupado por milhares de manifestantes que participaram do Ato Nacional em Defesa das Estatais e dos Serviços Públicos, na tarde desta terça-feira, 03 de outubro, quando o povo brasileiro celebra os 70 anos da Petrobrás.
A manifestação foi convocada pelas federações de petroleiros (FUP e FNP) e pelas entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE), em conjunto com as centrais sindicais e os movimentos sociais
A presidenta do Sindipetro-RS, Miriam Cabreira, participou do ato no Rio de Janeiro, onde reforçou que a resistência dos trabalhadores e trabalhadoras impediu a venda da Refap e a entrega por completo da Petrobrás. No governo Bolsonaro, foram vendidos 68 ativos do Sistema Petrobrás, incluindo 4 refinarias, a BR Distribuidora, a Liquigás, a Gaspetro, a Transportadora Associada de Gás (TAG), a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), usinas de biocombustível, usinas eólicas, termelétricas, plantas petroquímicas, sondas de perfuração, campos de petróleo em terra e em mar, inclusive no Pré-Sal.
70 anos de luta e superação
A Petrobrás completa 70 anos, com uma trajetória permeada por ataques, resistência e superação. Desde que foi criada, em 03 de outubro de 1953, é alvo de disputas e cobiça.
Nasceu das lutas populares que, na virada de 1940 para 1950, desaguaram na campanha “O petróleo é nosso”, que reivindicava uma nação desenvolvida e livre da dependência estrangeira.
Desde então, a Petrobrás vem cumprindo essa missão. Construiu o maior parque de refino da América Latina, impulsionou a indústria nacional, tornou o Brasil autossuficiente, descobriu o Pré-Sal, vencendo os desafios de extrair petróleo a 7 mil metros de profundidade no mar. Em apenas 15 anos, essa nova fronteira exploratória já é responsável por 78% de toda a produção nacional.
Líder mundial em tecnologia para exploração de petróleo em águas profundas, a Petrobrás coleciona prêmios internacionais, chegou a figurar em 2010 como a terceira maior empresa de energia do planeta e já foi responsável por 13% do PIB brasileiro.
Com tantas conquistas em um setor tão estratégico para o mundo, a empresa tornou-se alvo de muitos interesses e enfrentou nos governos Temer e Bolsonaro o maior desmonte de sua história.
Apesar de todos os ataques que sofreu, a Petrobrás continua sendo um dos principais agentes indutores do desenvolvimento nacional, símbolo maior da nossa soberania e da capacidade de superação e vitória do povo brasileiro.