Reunião da Comissão de Anistia, aconteceu nesta terça-feira, 10, entre diretores da FUP e gestores do RH da Companhia. A pauta seguiu reivindicações encaminhadas pela FUP com relação às últimas atualizações sobre as pendências dos casos dos empregados da empresa anistiados por Lei.
Paulo Neves, diretor da FUP, registrou logo no início da reunião que, o longo tempo da periodicidade com que as reuniões da Comissão acontecem tem atrapalhado bastante a continuidade do debate de assuntos importantíssimos para pessoas que estão passando por necessidades, e reforça que, além de se analisar pareceres técnicos e jurídicos de forma mais rápida, é fundamental que haja também, por parte da companhia, o olhar do aspecto humano desses casos. “A morosidade da burocracia, não é culpa dos trabalhadores, alguns deles com idade muito avançada, que só querem cuidar da saúde já debilitada. Então, como representantes da categoria, lutamos pela recuperação dos direitos, do retorno à AMS e do mínimo de dignidade desses trabalhadores.” Afirmou.
Foram tratados diversos casos de empregados que estão com os processos de anistia em andamento, porém, com pendências que impossibilitam o retorno aos quadros da empresa.
Outro ponto importante, foi a solicitação feita pelo Sindipetro CE/PI para o fim da perseguição judicial contra alguns de seus dirigentes que conquistaram liminar de reintegração ou retorno ao estado de origem, contudo, a empresa segue recorrendo na justiça, gerando muita apreensão, prejudicando a saúde mental dos trabalhadores.
Durante a reunião, Cibele Vieira, diretora da FUP, lembrou do retorno que no processo de reabertura da FAFEN PR, através de imenso esforço jurídico e que resultou em acordo histórico para a categoria petroleira. “Há uma ressalva para a questão de gênero. Dos 214 empregados recontratados, temos apenas uma mulher. A Petrobrás deixou de fora 33 pessoas que trabalhavam em funções administrativas.” Os diretores da FUP avisaram que vão continuar lutando pela volta de todos e todas, ou seja: “Ninguém solta a mão de ninguém”
Mais uma vez, os dirigentes sindicais destacaram a importância desta Comissão também tratar dos casos de demissões e punições do governo passado. Ressaltam que a maioria das medidas arbitrárias levadas a cabo após a greve de fevereiro de 2020 teve caráter essencialmente político. Deptula, diretor da FUP, reivindica que a Petrobrás reconheça e faça as reparações e retratações dos excessos que gestores cometeram durante o governo passado, e alerta, “Temos exemplos de casos que conseguimos comprovar na justiça a ilegalidade de punições injustas.”
“A mensagem que chega, quando a Petrobrás deixa de olhar para essas punições, é que tudo foi usado como ferramenta de coação ao trabalhador. É uma ferramenta de gestão para penalizar os trabalhadores que protestam contra os abusos que foram cometidos”, completou Alberico, diretor da FUP. Quando a empresa não se retrata ela valida esse processo. A FUP acredita que essa dinâmica não é mais compatível com a gestão da empresa e o governo atual.
A gerência se comprometeu a encaminhar os pontos da pauta para os setores responsáveis e ficou de retornar com as respostas até o dia 30 de setembro. A FUP segue firme na luta até que todas as demissões e punições injustas sejam revertidas.