Na reunião realizada hoje, 31/08, pelo Grupo de Trabalho sobre Anistia entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Petrobrás, houve uma profunda discussão sobre o andamento das resoluções do GT, iniciado em maio deste ano, bem como sobre as demandas apresentadas pela FUP. O encontro teve início com a apresentação da Petrobras sobre o progresso das demandas geradas nos últimos encontros do GT.
No entanto, a direção da FUP expressou sua insatisfação devido à ausência de progresso na reversão das punições e demissões políticas, bem como à falta de avanços na elaboração de alternativas para reintegrar os trabalhadores demitidos durante o processo de desmonte do sistema Petrobras, na esteira do movimento lavajatista.
O diretor Paulo Neves questionou vigorosamente a abordagem adotada pelo GT, enfatizando a necessidade de um relato mais detalhado e preciso sobre o trabalho realizado. Além disso, ele criticou a demora nas respostas às questões levantadas, sublinhando a extrema importância do tema. De acordo com ele, “A sensação prevalente na FUP é de que houve escassos avanços no GT de Anistia em comparação com outros grupos de trabalho, o que gerou uma profunda frustração, levando em consideração a extrema sensibilidade e relevância do assunto. Esta é uma questão de extrema delicadeza e importância, e a FUP mantém um compromisso inquebrantável em buscar soluções eficazes e justas para os petroleiros afetados por punições e demissões injustas, assim como para aqueles afetados pelo processo de desmonte da Petrobras.”
Durante a reunião, os representantes da Petrobras apresentaram a ouvidoria como canal principal para tratar das demandas de anistia No entanto, a FUP esperava respostas mais detalhadas e específicas para suas preocupações, incluindo a criação de um canal exclusivo com recursos adequados para anexar documentos e relatórios, a fim de facilitar o processo de anistia.
Apesar das dificuldades e desafios discutidos durante a reunião, especialmente à luz das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, ficou acordado que o GT de Anistia não será encerrado, mas sim suspenso temporariamente. Isso ressalta a importância contínua desse grupo de trabalho para lidar com as questões sensíveis e complexas relacionadas à anistia dos petroleiros, refletindo o compromisso de ambas as partes em encontrar soluções justas e adequadas para todos os envolvidos.
Além disso, está prevista a realização de mais uma reunião específica antes da suspensão do GT, na qual serão apresentados os avanços relativos aos anistiados abrangidos por lei, reforçando o empenho em buscar resoluções eficazes para esses casos.