[Da comunicação do Sindipetro PR/SC]
Os petroleiros e petroleiras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) referendaram, com 94% de aprovação, a implementação do Vale-Alimentação (VA) e/ou Vale-Refeição (VR) na unidade, em substituição ao fornecimento da alimentação in natura.
As assembleias, realizadas nos dias 28 de novembro e 03 de dezembro, discutiram minuciosamente com os trabalhadores todos os pontos da minuta do Acordo Coletivo de Trabalho Regional sobre o tema. Durante os encontros, foram detalhados os impactos, benefícios e os ajustes necessários feitos com a gestão para garantir que a transição fosse feita de forma transparente e em alinhamento com os interesses da categoria.
As assembleias também discutiram sobre os planos de melhorias nas instalações, apresentados pela gestão da refinaria, que incluem reformas para padronizar as copas nos setores, com instalação de todos equipamentos necessários, além da criação de uma grande copa no prédio administrativo. No entanto, ainda falta um cronograma detalhado das obras, o que o Sindicato segue cobrando.
O diretor sindical Carlos Alberto Costa de Souza, o Carlinhos, foi a liderança dos trabalhadores da Repar nesse processo de negociação com a refinaria, juntamente com os diretores Alexandro Guilherme Jorge, Gisele Marina Protasiewy, Marlus Andrade, Rosilene de Souza Garcia Maranhão e Thiago Olivetti, que integravam o Grupo de Trabalho VA/VR.
De acordo com Carlinhos, o Sindicato continuará exigindo comprometimento da empresa. “Nós, como representantes dos trabalhadores, estaremos acompanhando a implantação de perto, sempre exigindo que tudo transcorra da melhor forma possível”, afirmou.
O presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, avaliou a baixa participação da categoria e alertou sobre as consequências da pouca adesão. “Votei a favor, mas fazendo as críticas ao que a gente vive hoje. Infelizmente, foi a venda de um direito, a escolha do menos pior diante da nossa incapacidade de ter uma alimentação melhor, de ter café da manhã para o administrativo, de ter melhores condições. Isso nos obrigou, infelizmente, a optar pelo menos pior, e todos que estavam na assembleia foram alertados sobre isso. O Sindicato não deu indicativo; apresentamos os prós e contras, mas, no fim, 87 trabalhadores definiram a vida de mais de 500, no que diz respeito à sua alimentação”, afirmou.
Com a decisão, a expectativa é que a implementação ocorra em fevereiro, com o primeiro crédito no cartão previsto para 25 de janeiro, desde que o acordo seja assinado ainda em dezembro de 2024, conforme as últimas tratativas realizadas com o RH. As condições que serão oferecidas aos trabalhadores para a alimentação e como ocorrerá o nova dinâmica deverá ser ajustada ao longo da transição.
O Sindicato ressalta que já oficiou a empresa nesta quarta-feira (04) para a formalização do ACT e aguarda a confirmação da data para a assinatura do acordo.