XI FSM propõe agenda de mobilizações pela soberania da África

O exemplo do povo egípcio que, após 18 dias de intensas manifestações derrubou uma ditadura de 30 anos, lançou novos ares de esperança para a África…





FUP no VI FSM (2006), em Caracas  FUP no IX FSM (2009), em Belém  FUP no X FSM (2010), em Salvador  FUP no XI FSM (2011), em Dacar

 

Imprensa da FUP

Resistência e mobilização. O exemplo do povo egípcio que, após 18 dias de intensas manifestações derrubou uma ditadura de 30 anos, lançou novos ares de esperança sobre a África. As lutas em curso dos povos árabes e africanos contra a tirania de seus governantes e pelo fim do imperialismo foram destacadas na maior parte dos debates travados no Fórum Social Mundial, encerrado no último dia 11 em Dacar, no Senegal. Uma das resoluções do encontro foi o lançamento da Plataforma África-Europa por eleições livres e democráticas, cujo objetivo é unificar os movimentos de resistência contra as ditaduras que persistem no continente.

Uma intensa agenda de mobilizações foi aprovada pela Assembléia dos Movimentos Populares e outras plenárias de convergências que ocorreram nos últimos dois dias do Fórum. Entre os principais destaques está a manifestação do próximo dia 20 de março, quando será realizado um dia mundial de solidariedade ao levante do povo árabe e africano. Ainda em março, no dia 30, está prevista uma Jornada Global sobre a Palestina. Em maio, nos dias 20 e 21, serão realizadas manifestações contra o G-20 na França. O calendário também inclui outras mobilizações, como  a Conferência Internacional sobre o impacto da invasão norte-americana no Iraque, em outubro; a organização de uma Semana Mundial de Ação em solidariedade às vítimas do racismo e da xenofobia; ações do movimento ambientalista em paralelo à Conferência Rio+20 (que acontece em maio de 2012 no Brasil); e a construção de um Fórum Social na Tunísia.

Durante os seis dias de debates e ações de convergência que reuniram cerca de 60 mil participantes de mais de 120 países, o Fórum Social Mundial reafirmou-se como um espaço importante de unificação e aprofundamento das lutas contra o imperialismo, o neoliberalismo e a globalização. Desde a primeira edição do Fórum, em 2001, em Porto Alegre, a FUP tem participado dos debates. Em Dacar, os petroleiros apresentaram a experiência do projeto MOVA Brasil, que já alfabetizou mais de 140 mil jovens e adultos de comunidades carentes em vários estados do país. A FUP também participou do seminário “A busca de paradigmas de civilização, alternativas e a agenda da transformação social, realizado pelo Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo Fórum Social Mundial (Grap), que agrega diversos ativistas políticos, militantes sociais e intelectuais envolvidos no processo do Fórum, entre eles o diretor do IBASE, Cândido Grzybowski, a filósofa Susan George e o sociólogo português, Boaventura Sousa Santos. A conferência em que a FUP participou teve como tema “Mapa estratégico das lutas pela vida e pela emancipação”, onde o coordenador da Federação, João Antônio de Moraes, ressaltou que "no debate da energia, as comunidades são parceiras dos trabalhadores do setor, que são as maiores vítimas dos males que esta indústria causa ao planeta".

Veja a cobertura da participação dos petroleiros no XI Fórum Social Mundial:

Articuladores do MOVA Brasil conhecem projeto social em aldeia africana

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Uma outra África é possível!

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