Embora a Comissão Especial da Câmara tenha aprovado o relatório da Reforma da Previdência na quarta-feira, 03, a Agência Reuters noticiou que a base de Michel Temer não tem votos suficientes para aprovar o texto no Plenário da Casa e, por isso, o governo não vai mais acelerar a votação do projeto. É uma importante vitória da greve geral do dia 28. No último fim de semana, pesquisa do Datafolha revelou que 85% dos brasileiros querem a saída imediata de Temer, com a convocação de eleições diretas, e que sete em cada dez brasileiros são contra a Reforma da Previdência.
O governo chegou a usar a máquina pública, demitindo comissionados indicados por deputados infiéis, mas perdeu a batalha.
Sem as reformas, Temer perde completamente a utilidade para as forças golpistas.
Abaixo, reportagem da Reuters:
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – O Palácio do Planalto avalia que não tem votos suficientes para votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara neste momento e decidiu esperar a aprovação da reforma trabalhista pelo Senado para só então tentar aprovar a Previdência, disseram à Reuters fontes palacianas.
O governo espera que a reforma trabalhista possa ser aprovada no Senado até o final deste mês, mas admite que o cronograma da Previdência vai atrasar e a votação final, também, no Senado, possa ficar apenas para o segundo semestre.
“O governo ainda não desistiu (de aprovar antes), mas já é uma possibilidade concreta”, disse uma das fontes.
Via Brasil 247