Dezenas de aposentados e pensionistas têm se revezado dia e noite para manter atuante e ativo o acampamento organizado pelos sindicatos petroleiros e associações que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros
[Da comunicação a FUP]
Aposentados do trabalho, mas não da luta. Mais do que palavras de ordem, essa frase já está incorporada no dia a dia dos petroleiros e petroleiras que estão acampados desde o dia 20 de junho em frente à atual sede da Petrobrás, no Edifício Senado (Edisen), no Centro do Rio de Janeiro.
Dezenas de aposentados e pensionistas têm se revezado dia e noite para manter atuante e ativo o acampamento organizado pelos sindicatos petroleiros e associações que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros.
Com barracas de lona, colchonetes, cadeiras de praia e mesas improvisadas, o local tem reunido militantes e lideranças de todo o país, em uma vigília unitária para pressionar a direção da Petrobrás a atender as propostas apresentadas pelas entidades para acabar com os Planos de Equacionamentos de Déficits (PEDs) dos PPSP-R e PPSP-NR.
As propostas, construídas ao longo do GT Petros, foram apresentadas à diretoria da Petrobrás na sexta-feira, 21, quando uma representação da vigília foi convocada a se reunir com a presidenta da empresa, Magda Chambriard, que, lamentavelmente, não compareceu ao encontro. As lideranças das entidades foram recebidas por Clarice Coppetti, Diretora Executiva de Assuntos Corporativos, e por Carlos Alberto Rechelo Neto, que ocupa interinamente a Diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores.
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Decepcionados pela ausência da presidenta na reunião, os aposentados e pensionistas fortaleceram a luta e seguem cada vez mais unidos em torno da principal bandeira de luta da categoria, que é acabar de uma vez por todas com os equacionamentos da Petros. A vigília, portanto, segue por tempo indeterminado, até que a Petrobrás implemente as propostas apresentadas pelas entidades.
Atividades culturais
Para mobilizar os participantes da vigília, os trabalhadores do Edisen na luta e envolver a população que circula no entorno do prédio, as entidades do Fórum estão organizando uma série de atividades culturais.
A programação teve início nesta segunda, com uma palestra realizada por Eduardo Lopes, do Partido da Causa Operária (PCO), que falou sobre o genocídio do povo palestino e a importância da mobilização do próximo dia 30, quando haverá um grande ato nacional em São Paulo pelo fim da ocupação da Palestina. A palestra foi transmitida ao vivo pelo canal da FUP no Youtube, direto do acampamento. Reveja abaixo:
Nesta terça, o acampamento receberá pela manhã Beto Palmeira, ativista do Movimento dos Pequenos Agricultores, que fará uma exposição sobre o que é soberania alimentar e a importância da Petrobrás para alcançá-la.
Na parte da tarde, haverá outra palestra no acampamento, desta vez com o atuário Luiz Felipe Fonseca, que assessora a FUP e participou das discussões no GT Petros. Ele fará uma apresentação sobre o relatório final do GT.
Amnas as palestra também serão transmitidas pelo Youtube.