[Da Página do MST]
Os movimentos populares e demais organizações que compõem a Via Campesina Brasil, vem a público denunciar o violento ataque contra trabalhadores e trabalhadoras rurais do Acampamento sem terra Lagoa Nova Carajás [no município de Parauapebas, no Pará], promovido no dia 21 de junho de 2020 por agentes da empresa de segurança PROSEGUR, agindo a serviço da mineradora Vale.
O acampamento, onde vivem 248 famílias há 5 anos, é organizado pela Fetraf-PA e está localizado no município de Parauapebas, no estado do Pará. O fatídico episódio deixou vários trabalhadores e trabalhadoras feridos, incluindo crianças e idosos.
Não podemos permitir que a postura reiterada da Vale de cometer crimes continue impune. Basta de crimes como os praticados pela Vale e suas subsidiária em Mariana e Brumadinho, que vitimaram dezenas de trabalhadores e trabalhadoras. Não contente com o que já fez no Brasil, a Vale, que se tornou também uma das maiores latifundiárias do sudeste do Pará, continua promovendo atos violentos contra trabalhadores rurais que buscam seus direitos de acesso à terra para produzir e viver com dignidade.
Cobramos ao Governo Federal, ao Estado do Pará e as demais autoridades competentes a efetivação das políticas de Reforma Agrária, que garanta terra para quem nela trabalha e evite massacres desta natureza.
Em pleno período de pandemia onde a COVID-19 já matou mais de 51 mil pessoas no Brasil ainda somos obrigados a conviver com insanidades como esta. É urgente que a vida seja colocada acima do lucro e reafirmamos que lutar não é crime. Exigimos que os responsáveis pelo ataque ao acampamento Lagoa Nova Carajás e a Vale sejam responsabilizados e punidos.
#Lutar não é crime! #Reforma Agrária Já!
[Via MST]