O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs nesta terça-feira (22) a criação …
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs nesta terça-feira (22) a criação de uma ”rádio popular” para operar nas frequências das 240 emissoras ilegais cujas licenças do Estado foram canceladas. O processo de cancelamento das licenças das rádios foi adotado porque as emissoras não atualizaram seus dados no prazo estipulado pela Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel).
”Estas emissoras, centenas delas, estão trabalhando ilegalmente – e não são pequenas. A maioria opera em rede de alcance nacional, sem permissão”, lembrou Chávez em mensagem pela TV. "Quem não tem permissão está violando a lei, e vamos recuperar estas frequências para colocá-las a serviço do país, a serviço do povo."
Chávez explicou que com parte das frequências recuperadas será criada uma ”rádio popular nas mãos do povo, e não a serviço da burguesia”. O cancelamento das licenças faz parte, segundo Chávez, da "luta contra o latifúndio da mídia". As medidas promoverão espaços para as rádios locais e ”democratizarão” as emissões.
Em junho, o governo Chávez reeditou o jornal Correo del Orinoco, criado em 1818 por Simón Boilivar durante a guerra de independência da Venezuela. A edição inicial foi publicada como encarte do jornal VEA e produzida pelo Ministério do Poder Popular para a Cultura do país.
No primeiro editorial, Chávez ressaltou que, mesmo quase dois séculos depois, o jornal ainda possui pertinência editorial. O presidente afirma que há mais de uma década ”enfrenta o poder do império”, que através de ”transnacionais da informação e veículos de imprensa desvirtuam e desestabilizam nosso caminho rumo ao socialismo graças a falsidades”.
Da Redação, com informações da AFP e da Efe