Veja o editorial do Sindipetro NF sobre o anunciado caos aéreo na Bacia de Campos

Há anos o sindicato alerta para a necessidade de ampliação da estrutura aérea para embarques e desembarques na Bacia de Campos.





Sindipetro NF

O anunciado caos aéreo na Bacia de Campos já chegou. Nesta semana, o previsível estouro da demanda provocou atrasos e transferêcias em dezenas de voos. Os saguões ficaram lotados e a realidade prevista pelo Sindipetro-NF há mais de três anos se confirmou.

Somente da terça para a quarta-feira, 58 voos foram transferidos. De ontem para hoje, as transferências atingiram outros 14 voos. Os transtornos estão ocorrendo desde o domingo e trabalhadores que tiveram seus desembarques desmarcados estão tendo prejuízos financeiros, impactos familiares e aumento do risco no trabalho a bordo. O sindicato recebeu relato sobre um trabalhador que está há 25 dias embarcado.

De acordo com denúncias da categoria, um dos motivos para esse caos aéreo é o fato de terem chegado novas unidades marítimas na Bacia de Campos (P-56 e quatro Unidades de Manutenção e Segurança). No entanto,  não houve aumento proporcional do número de aeronaves e de pilotos. Existe também uma denúncia de transferência de pilotos para a área de Manaus.

Para a direção do Sindipetro-NF, a Petrobrás não se preocupa em resolver problemas a longo prazo, apenas trabalha para solucionar problemas do cotidiano. A diretoria do NF lembra o compromisso assumido pela Petrobrás de construir um aeroporto com grande capacidade de voo, mas até hoje isso não saiu do papel. O que se tem visto é a categoria petroleira sofrer com atrasos e adiamentos por razões meteorológicas e pela redução no número de aeronaves.

Há anos o sindicato alerta para a necessidade de ampliação da estrutura aérea para embarques e desembarques na Bacia de Campos. Em abril de 2008, o Nascente 547 registrava que a construção de um aeroporto no Farol de São Thomé deveria contribuir para atender à grande demanda que se anunciava. Na época, a Petrobrás tinha previsão de início das operações no segundo semestre de 2010. Este segundo semestre chegou e, por responsabilidade do diretor Guilherme Estrela (que considerou o projeto muuito ambicioso e mandou parar tudo), o aeroporto não decolou.

Veja a repercussão sobre o atraso nos voos