A área chegou a ser evacuada, mas até o final da tarde nenhum comunicado sobre o vazamento foi feito pela Petrobrás aos órgãos fiscalizadores..
Imprensa da FUP, com informações do Sindipetro-BA
No início da manhã desta sexta-feira (04/11), a operação da unidade de Transferência e Estocagem da Rlams, na Bahia, identificou o adernamento do teto do tanque F-4650 C, que armazena N-HEXANO, produto altamente volátil e cancerígeno, que na sua composição contém benzeno. A área chegou a ser evacuada, mas até o final da tarde nenhum comunicado sobre o vazamento foi feito ao Grupo de Trabalhadores do Benzeno (GTB) da RLAM, CIPA, Comissão Estadual e Nacional Permanente do Benzeno, que nesse caso devem ser avisados, já que a emergência envolveu um produto altamente perigoso à saúde dos trabalhadores.
Segundo o Sindipetro-BA, após ser informada sobre a ocorrência, a Segurança Industrial da Refinaria realizou avaliações ambientais de explosividade (40 % LIE), isolou o local e instalou esquemas mitigadores com viatura de combate a incêndio. Além disso, uma equipe de higienistas ocupacionais da GAIA, empresa terceirizada da Coordenação de Higiene Ocupacional da RLAM, fez avaliações ambientais para monitorar a concentração de benzeno, que chegou a 48.8 ppm nas proximidades do local.
Os trabalhadores envolvidos nessa emergência precisam utilizar proteção respiratória e roupa de aproximação ao fogo, bem como ser monitoradas pela Saúde Ocupacional com exames clínicos e laboratoriais logo após o vazamento, 15 dias depois e mais dois a cada 30 dias a fim de que sejam emitidas CAT, no caso de alguma alteração em seus exames de sangue. E a Rlam e a Petrobrás continuam tentando mascarar em seus documentos oficiais (ASO, PPP) a exposição dos trabalhadores a agentes químicos.