Mais uma das muitas práticas antissindicais da Petrobrás durante os 11 dias de greve ocorreu no domingo (08\11) à noite, quando a empresa tentou usar a segurança patrimonial contra o movimento, na região de Produção do Ativo Norte (UO-BA), mas não obteve êxito. A Petrobrás quis então usar a terceirizada Prossegur para entrar na unidade de Buracica levando funcionários para trabalhar.
O comando de greve da área, no entanto, conversou com os trabalhadores sobre os motivos da greve e pediram a solidariedade ao movimento, convencendo os trabalhadores a não ir para a unidade de Buracica.
Inconformada com o apoio à greve, a gerência da UO-BA decidiu punir os vigilantes da terceirizada, suspendendo-os por três dias, após culpá-los por não cumprir a missão de conduzir os trabalhadores até Buracica. O diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, que participou de todo esse processo, ressaltou que a atitude da empresa contra os vigilantes “constitui mais uma violência contra os trabalhadores terceirizados”. O sindicato solicitou que a Petrobrás cancele a punição, mesmo porque a unidade não pode ficar sem nenhuma segurança.
Segundo dados do comando de greve, a região, que compreende Araçás, Buracica, Fazenda Bálsamo e Imbé, teve queda de 40% da produção de petróleo, com mais de 70% de adesão à greve na Petrobrás e de 90% dos terceirizados. Ao local tem acesso apenas a segurança patrimonial, industrial e as equipes de saúde e meio ambiente.
Fonte- Imprensa Sindipetro Bahia.