Com o objetivo de debater a conjuntura política vivenciada pelo país, o papel da Petrobrás no mercado de petróleo, os impactos da Operação Lava Jato nas conquistas da empresa e a participação da estatal na exploração do pré-sal, a segunda edição do projeto “Na Trilha da Democracia” traz à Natal o ex-diretor da Petrobras e geólogo, Guilherme Estrella. O evento, marcado para o próximo dia 28 de março, às 19h, no auditório Otto Brito de Guerra, prédio da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é uma realização do ADURN-Sindicato, Sindipetro/RN e Frente Brasil Popular, que nesta edição conta com a parceria da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET-NS) e da Associação de Geólog os do Rio Grande do Norte (AGERN).
Conhecido por sua firme e intransigente postura em defesa da soberania nacional e afirmação da empresa brasileira de capital nacional, Guilherme Estrella tem questionado, em entrevistas e depoimentos à imprensa, a tentativa de desconstrução não só da Petrobras, mas do Brasil. Para o geólogo, há amplo reconhecimento internacional que o Brasil está destinado a transformar-se num decisivo protagonista da cena geopolítica mundial. A expectativa é de que essa iniciativa promova a discussão sobre o papel estratégico da Petrobras na economia do Brasil e geopolítica mundial, e os desdobramentos da atuação da justiça brasileira com as denúncias de corrupção nas atividades da empresa.
A avaliação que o geólogo têm feito é de que o pré-sal brasileiro é uma das mais importantes e estratégicas riquezas da nossa pátria, indispensável para que o Brasil, como nação soberana e detentora real de autonomia de decisão, se desenvolva social, econômica, tecnológica e politicamente. Na opinião de Estrella, os extraordinários resultados empresariais da Petrobras na última década, como de resto ao longo de seus mais de 60 anos, desmascaram e põem por terra os reais objetivos da campanha de desestabilização da Petrobras e do Brasil. Ao ressaltar que todos os méritos são da petroleira brasileira, Estrella defende a importância do caráter público da companhia. Para ele, nenhuma empresa privada faria o que a Petrobras fez.
Contamos com a presença da categoria petroleira do Rio Grande do Norte para promover esse debate e se juntar ao Sindicato na luta em defesa da Petrobrás, dos campos terrestres de produção, contra a venda de ativos e contra a privatização da mais importante companhia brasileira. O evento é gratuito e aberto ao público.
GUILHERME ESTRELLA
Carioca, formado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em Portugal e Doutor Honoris causa pela Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
O geólogo trabalhou na Petrobras por mais de 40 anos, quando exerceu vários cargos no Brasil e no exterior.
Na Petrobras, seu único emprego, exerceu os cargos profissionais de: geólogo-de-poço (Bahia); geólogo-de-interpretação-de-subsuperfície, geólogo-de-interpretação-de-bacias (Rio de Janeiro); e os cargos gerenciais de: gerente de exploração da Baspetro Iraque (Bagdá, Iraque); chefe do setor de interpretação das bacias da costa leste brasileira; chefe do setor de geoquímica orgânica do Cenpes; chefe da divisão de exploração do Cenpes; superintendente adjunto de exploração e produção do Cenpes; superintendente geral do Cenpes, quando se aposentou.
De 2003 a 2012, foi diretor de exploração e produção da estatal. Foi neste período que a Petrobras e o governo federal divulgaram as informações sobre as imensas reservas brasileiras de petróleo e gás em águas profundas, o que valeu a Estrella a designação de “descobridor do pré-sal” ou “pai do pré-sal”.
No início de julho de 2014, em celebração ao marco de 500 mil barris produzidos por dia no pré-sal, o ex-diretor recebeu uma placa das mãos de Dilma, reconhecendo o trabalho dele como um dos responsáveis pela descoberta e pelo avanço da exploração no pré-sal.
Exerce atualmente o segundo mandato de membro-eleito do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, Rio, RJ.
Recebeu os prêmio :
· Medalha de Ouro Pandiá Calógeras, da Sociedade Brasileira de Geologia
· Prêmio Rodi Ávila Medeiros da Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo
· Prêmios Engo. Paulo de Frontin e Irmãos Rebouças, do Clube de Engenharia
· Prêmio Dewhurst, do Conselho Mundial do Petróleo
· Comenda do Mérito Naval, grau de Grande Oficial, da Marinha do Brasil
· Medalhas Santos Dumont e do Pacificador, da Aeropnáutica e do Exército Brasileiros.
· Comenda do Mérito Judiciário do Trabalho
Fonte: Sindipetro-RN