Unidade e grande adesão marcam greve de advertência

[Da comunicação do Sindipetro MG]

As petroleiras e os petroleiros de Minas Gerais deram uma grande demonstração de resistência aos ataques e à intransigência da gestão de Magda Chambriard na Petrobrás. Na grama em frente à portaria da Refinaria Gabriel Passos (Regap) e nas demais unidades, a categoria participou ativamente da Greve Nacional de Advertência, no dia 26/03, organizada de forma unificada pelos sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

 

Os trabalhadores petroleiros da Regap e da Usina Termelétrica (UTE-IBT) realizaram uma greve com corte total de rendição de 12 horas e reuniram-se na portaria da Regap para um ato que contou com a presença de representantes de movimentos sociais, parlamentares e centrais sindicais. Na Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro da PBio, em Montes Claros, a categoria também se mobilizou com ato e atraso na entrada e houve ampla adesão dos trabalhadores de turno e do administrativo, inclusive aqueles em regime híbrido de teletrabalho.

O coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves, agradeceu o apoio de todos e ressaltou a união histórica das federações de petroleiros na Greve Nacional que parou as unidades da Petrobrás no país. “Essa foi só uma paralisação de advertência contra a falta de diálogo da empresa com o movimento sindical e ataque aos direitos coletivos, mas se a intransigência da gestão continuar o movimento pode culminar numa greve por tempo indeterminado. Vamos seguir organizados e mobilizados”, afirmou.

O objetivo da greve de 26 de março, aprovada em assembleias pela categoria, foi barrar o movimento crescente da empresa em desrespeitar os fóruns de negociação coletiva com os trabalhadores. A categoria também se manifestou contra a redução da remuneração variável dos trabalhadores; Por recomposição dos efetivos; Por um plano de cargos e salários justo e isonômico; Em defesa do teletrabalho com regramento negociado coletivamente; Por segurança em todo o Sistema Petrobrás, nas prestadoras de serviço e no período de manutenção e retomada da Fafen PR, assim como pelo fim dos equacionamentos da Petros.  “A atual gestão da Petrobrás tem esvaziado os fóruns de negociação e desvalorizado a categoria, reduzindo em 31% os valores da PLR, enquanto repassa 207% dos lucros para os acionistas. Não aceitaremos esse desrespeito! Exigimos a manutenção do teletrabalho, correção das distorções salariais e a valorização de nossa carreira. Também não podemos mais tolerar a precarização dos contratos e a escala 6×1 que prejudica os prestadores de serviço”, reafirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Avelar.