Economia solidaria como uma nova forma de produzir, consumir e distribuir produtos e serviços de forma justa e sustentável se apresenta como uma alternativa ao capitalismo. A função não é a de eliminá-lo, mas sim a de organizar setores da sociedade que detém conhecimento, mas que tradicionalmente ficam de fora da economia oficial ou sem nenhuma perspectiva de uma política que os contemplasse.
A Economia Solidaria hoje vem se consolidando em mais de 22 estados da Federação, atingindo diversos ramos da economia, como por exemplo: químico, metalúrgico, agricultura familiar, alimentação, cultura, artesanato, costura, construção civil, saúde, automobilístico, entre outros. A Bahia é um dos Estados onde a Economia Solidaria mais cresce. Já temos quase dez mil trabalhadores nessa base. Tudo isso, graças ao empenho da CUT Nacional, ADS/CUT-BA, UNISOL BRASIL e as incubadoras da UFBA, UNEB, UFRB e UCSAL. Os Sindicatos, bem como setores do movimento social, também tem participado ativamente da organização, elaboração de propostas e mobilização dessa nova economia a serviço da vida.
Em 2003, o Governo Lula criou a Secretaria Nacional de Economia Solidaria (SENAES), subordinada ao Ministério do Trabalho e Emprego (TEM). Desde então, vem conduzindo sua política juntamente com o Fórum Brasileiro de Economia Solidaria e os Fóruns estaduais, sempre em parceria com os governos estaduais, municipais, assessorias e os movimentos sociais.
Empreendimentos da Economia Solidária focam o homem e a vida. Não o capital. Surgem através de empresas recuperadas, que se transformam em cooperativas bem como empreendimentos de autogestão. Na economia solidária, empresa falida vira cooperativa e trabalhador cooperado. Seu forte é a solidariedade, o comercio justo e sustentável, sempre visando a reprodução ampliada da vida.