Pressão da FUP e do Sindipetro-AM garante investimentos da Petrobrás na Reman

Compromisso foi assumido pelo ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e pelo diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa





Imprensa da FUP

A luta e a pressão política da FUP e do Sindipetro Amazonas em defesa da Reman começaram a surtir efeito. O ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, se comprometeram a manter os investimentos que estavam previstos para as obras de modernização do parque de refino da Reman. O compromisso foi assumido nesta terça-feira, 29, em reunião com o diretor da FUP, Ademir Caetano, o presidente do Sindipetro-AM, Acácio Carneiro, e parlamentares do estado do Amazonas: a deputada federal Vanessa Grassiotin (PCdoB/AM), o deputado federal Francisco Praciano (PT/AM) e o senador Alfredo Nascimento (PR/AM).

A reunião foi realizada em Brasília, no Ministério das Minas e Energia, em mais uma ação política da FUP e do Sindipetro-AM em defesa da única refinaria da região Norte do país, que corre o risco de ser reduzida a um terminal de distribuição, caso a Petrobrás não dê continuidade aos investimentos de modernização do parque de refino da Reman. O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto, garantiu que os investimentos continuarão e serão liberados assim que o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) assinar a licença ambiental autorizando a continuidade das obras.

Mobilizações em defesa da Reman

Nos últimos meses, a FUP e o Sindipetro-AM realizaram uma série de mobilizações, atos públicos e ações políticas em defesa da Reman. No dia 14 de junho, foi realizada uma passeata com mais de duas mil pessoas no Centro de Manaus, cobrando a continuidade dos investimentos na Reman. Dois dias depois, os sindicalistas entregaram em mãos ao presidente Lula o mesmo documento que a FUP já havia apresentado à candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, durante sua participação na II Plenafup. O documento relata a situação da Reman e os riscos e impactos que o estado do Amazonas sofrerá caso não sejam realizadas as obras de modernização da refinaria.

A mobilização da FUP e do Sindipetro-AM em defesa da Reman tem incluído também ações integradas, buscando o apoio de toda a bancada de parlamentares do Amazonas, assim como do governador Omar Aziz.  A FUP e o Sindipetro-AM continuarão mobilizados para garantir que a refinaria seja modernizada, conforme compromisso assumido pelo ministro das Minas e Energia e pelo diretor da Petrobrás diante dos parlamentares do Amazonas que acompanharam a reunião desta terça-feira, 29.

 Entenda o fato

A Reman é a única refinaria da região Norte do pais e emprega atualmente 380 trabalhadores próprios e 900 terceirizados, além de gerar cerca de dez mil empregos indiretos na região do Amazonas. Para que possa continuar com suas atividades, a unidade precisa se adequar às novas exigências ambientais, modernizando o seu parque de refino, pois terá que ter condições de produzir os derivados de petróleo com baixo teor de enxofre, como será obrigatório por lei a partir de 2013. A obra de modernização da Reman está prevista pela Petrobrás desde 2005, entrou no orçamento da empresa para o período 2009-2013, mas foi retirada do planejamento estratégico de 2010-2014. O custo da obra é de 780 milhões de dólares, ou seja, 0,86% dos recursos previstos pela Petrobrás para os investimentos que constam em seu atual planejamento financeiro. 

Se a obra de modernização do parque de refino da Reman não for realizada, a refinaria será obrigada a deixar de produzir derivados de petróleo e se tornará uma mera armazenadora de produtos, ou seja, um terminal de distribuição. Isso resultará em perda de pelo menos 10 mil postos diretos e indiretos de trabalho no estado do Amazonas, assim como em cortes anuais de R$1,4 bilhões de arrecadação de ICMS.