FUP defende soberania nacional em seminário no Crea-RJ

Os dirigentes da FUP participaram no último dia 13 do seminário “Energia, pré-sal e impactos…











Imprensa da FUP

 

Os dirigentes da FUP participaram no último dia 13 do seminário “Energia, pré-sal e impactos no desenvolvimento fluminense e nacional”, realizado no CREA-RJ. O evento foi organizado pela Fundação Maurício Grabois e Centro de Estudos Psicopedagógicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e contou com a presença de representantes e militantes de diversos movimentos sociais, como sindicatos, associações de moradores, grêmios estudantis. O diretor da FUP Aldemir Caetano foi um dos palestrantes do painel “Matriz energética e marco regulatório”, junto com o assessor da presidência da ANP, Edson Silva, e o assessor da diretoria de E&P da Petrobrás, Ricardo Latgê.

Defesa do monopólio estatal e dos campos terrestres

A Federação enfatizou a unidade dos movimentos sociais em torno do projeto de lei que está em tramitação no Senado (PLS 531/2009), que propõe a retomada do monopólio estatal na indústria brasileira de petróleo, através da Petrobrás 100% pública. Caetano também ressaltou a importância da campanha conduzida pelos petroleiros para impedir a privatização dos campos terrestres de produção de petróleo.  A FUP explicou as alterações que foram feitas nos projetos de lei do governo que estão em pauta no Senado e alertou que os estados do Nordeste sofrerão prejuízos incalculáveis, caso a Petrobrás seja obrigada a interromper seus investimentos na região (onde está localizada a maior parte dos campos terrestres operados pela empresa). “Estamos mobilizados para impedir mais este crime de lesa pátria. Entregar os campos terrestres de petróleo à iniciativa privada é um erro absurdo do ponto de vista político e um grande desastre do ponto de vista econômico”, declarou Caetano.

 

O debate prosseguiu com as intervenções dos demais diretores da FUP que participavam do seminário. Os representantes da ANP e da diretoria da Petrobrás foram várias vezes interpelados pelos sindicalistas, que colocaram em xeque os leilões dos blocos de petróleo e as relações perigosas de antigos executivos da Petrobrás com empresários do setor, como é o caso de Eike Batista, dono da OGX, empresa que se tornou a segunda maior petrolífera do país, após aquisição de blocos de petróleo estratégicos (localizados na franja do pré-sal) nas Bacias de Santos e de Campos. A presidente do Modecon, Maria Augusta Tibiriçá Miranda, de 93 anos, acompanhou os debates e aplaudiu e apoiou entusiasticamente as intervenções da FUP. Ela, que participou nos anos 40 e 50 da campanha “O petróleo é nosso”, continua na luta em defesa da soberania nacional e pela retomada do monopólio estatal do petróleo