Após 13 anos, Petrobrás volta a ter um navio 100% nacional

Embarcação tem o nome de Joâo Cândido e marca a retomada da indústria naval brasileira





Imprensa da FUP

Na Sexta-feira, 07/05, foi lançado ao mar, no Porto de Suape, em Pernambuco, o primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobrás Transporte (Promef). Batizada de João Cândido, a embarcação tem 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo. É o primeiro navio petroleiro construído no Brasil nos últimos 13 anos. A última embarcação de grande porte construída pela indústria nacional foi entregue à Petrobrás em 1997, após ter levado dez anos para ser concluída.  

Marinheiro negro – o novo navio da Transpetro homenageia o marinheiro negro João Cândido, filho de ex-escravos, que há cem anos liderou a Revolta da Chibata, movimento que pôs fim aos castigos físicos na Marinha Mercante do Brasil. 

Retomada da indústria naval

A solenidade de lançamento do navio João Cândido marcou a retomada da indústria naval brasileira. Representantes da FUP, Sindipetro-PE/PB e CUT-PE participaram da cerimônia, que contou com a presença do presidente Lula,  e da ex-ministra Dilma Rousseff.

Ao longo dos anos 90, a indústria naval brasileira praticamente desapareceu, após ser a segunda maior fabricante mundial nos anos 70. Através das encomendas feitas pela Petrobrás (o Promef), o Brasil passou a ocupar a quarta posição no mundo em construção de navios petroleiros.

Lançado há cinco anos, o Promef prevê a fabricação de 49 navios no Brasil, dos quais 33 já foram contratados, gerando inicialmente 15 mil empregos diretos, em um total de 40 mil postos de trabalho que deverão ser abertos em função do programa. O Promef é um dos principais projetos estruturantes do PAC e possibilitou a modernização dos estaleiros nacionais e a criação de novas unidades de produção, como a Atlântico Sul, em Pernambuco, onde foi construído o navio João Cândido. Em junho, será lançado o segundo navio 100% nacional da Petrobrás, desta vez no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).