Segunda-feira é greve!

A Petrobrás apresentou na segunda-feira, 16, uma proposta de PLR rebaixada e que, claramente, tenta dividir os trabalhadores…

Imprensa da FUP

A Petrobrás apresentou no dia16 uma proposta de PLR rebaixada e que, claramente, tenta dividir os trabalhadores. O tiro saiu pela culatra e incendiou ainda mais a categoria. Indignados com os ataques orquestrados pelas empresas do setor, que estão se aproveitando da crise financeira para reduzirem e cortarem direitos, os petroleiros aprovaram a greve indicada pela FUP. As únicas bases da Federação que ainda não deliberaram sobre o movimento são Paraná e Santa Catarina, onde as assembléias acontecerão na sexta-feira, 20.

Na reunião do Conselho Deliberativo da FUP, ocorrida nesta quarta-feira, 18, todos os sindicatos filiados à Federação indicaram por unanimidade a rejeição da proposta apresentada pela Petrobrás e reafirmaram a greve a partir da zero hora de segunda-feira (23). Além de não contemplar as reivindicações em relação à PLR 2008, a proposta da empresa não faz referência concreta às demais cobranças da categoria: extraturno, garantia dos postos de trabalho, segurança e regaramento das PLRs futuras.

A FUP, portanto, orienta os sindicatos a intensificarem as setoriais de preparação do movimento para que os trabalhadores possam realizar uma greve forte e coesa em todo o país, com parada de produção nas refinarias, terminais e unidades do E&P. Os sindicatos estarão também submetendo à categoria o indicativo de rejeição da proposta apresentada pela Petrobrás.

A greve tem como eixo principal a luta contra a redução e cortes de direitos na Petrobrás e demais empresas do setor, que estão se escorando na crise para se reestruturarem às custas do trabalhador. A PLR proposta, além de rebaixada, tem o claro intuito de dividir a categoria, mesma tática utilizada pela Petrobrás na Replan, ao cortar o pagamento do extraturno dos trabalhadores admitidos após 1999. Assim como os petroleiros de Paulínia, a categoria deve responder à altura os ataques da empresa. Agora é hora de todos os trabalhadores somarem forças e irem à luta em defesa de seus direitos.