Os trabalhadores do Sistema Petrobrás atenderam ao indicativo da FUP e rejeitaram massivamente a proposta apresentada pela empresa para regrar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao exercício de 2021, com pagamento a ser feito em 2022. A Federação cobrará a retomada das negociações para buscar avanço nos principais pontos defendidos no Grupo de Trabalho.
Nas sete reuniões realizadas com a gestão da Petrobrás e suas subsidiárias, a FUP reiterou que o regramento da PLR tem que atender todos os trabalhadores, independentemente da função que ocupe e da empresa em que atue no Sistema. As representações sindicais também cobraram que não haja impacto dos impairments (desvalorização de ativos) nos indicadores utilizados e que a PLR tenha um piso para que os resultados construídos coletivamente sejam distribuídos da forma mais igualitária possível entre os trabalhadores, sem o foco apenas na remuneração individual, como quer a gestão da empresa.
Outro ponto que a FUP reforçou no GT foi que não pode haver redução de PLR por perseguições políticas e que o texto de penalidades deve deixar explícito que conflito de interesses é o que está previsto na lei, para que não haja distorção do conceito. Também foi cobrado que a Petrobrás volte a fazer o adiantamento da PLR no início do ano, como sempre foi praticado, e que o acordo do regramento tenha validade por dois anos, dando uma estabilidade para todos, assim como conquistamos no ACT.
Além disso, a FUP condenou a discrepância entre a política de remuneração dos acionistas, que receberão dividendos mesmo quando não houver lucro contábil, e a recusa da gestão da Petrobrás de manter o mesmo critério para os trabalhadores, como vigorava no antigo regramento da PLR.
[Imprensa da FUP | Foto: Recap]