A FUP volta a se reunir esta semana com gestores do Sistema Petrobrás para dar sequência à negociação do regramento do teletrabalho. Serão realizadas mais três reuniões, cada uma com enfoques diferentes. Veja abaixo:
> 17.08 – Adesão ao teletrabalho
> 19.08 – Relações trabalhistas
> 21.08 – SMS no teletrabalho
O calendário atende à proposta apresentada pela FUP no dia 05 de agosto, quando foi realizada a primeira negociação específica sobre o novo regime de trabalho. Os petroleiros reforçaram a proposta de regramento, com cláusulas protetivas no Acordo Coletivo, que deem segurança aos trabalhadores e a previsibilidade que a gestão tanto preza.
No último “Encontro com a categoria”, realizado dia 11, a FUP recebeu a socióloga, professora e pesquisadora Carla Diéguez, para uma conversa sobre teletrabalho e cultura organizacional. Ela enfatizou os impactos significativos desse novo regime na construção da identidade dos trabalhadores enquanto categoria e também na solidariedade de classe. “Para a empresa, há um interesse muito grande nesse sentido. Ao colocar os trabalhadores em teletrabalho, ela acaba com os espaços coletivos de convivências e partilhamento de ideias”, alertou a socióloga. Veja a íntegra do programa:
A diretora da FUP, Cibele Vieira, que vem coordenando a negociação com o Sistema Petrobrás sobre o regramento do teletrabalho, voltou a ressaltar a importância da construção de um regramento com base nos parâmetros aprovados pelos trabalhadores no 18º Confup. “O teletrabalho está inserido dentro das mudanças que a gestão vem fazendo na cultura organizacional da empresa, com foco no individualismo, obrigando a categoria a trabalhar por entregas, sem controle de jornada. Por isso, precisamos ter regras protetivas, que garantam previsibilidade de duração, controle de jornada, adesão opcional, estabilidade e manutenção de todos os direitos e benefícios previstos no ACT”, afirma.
Premissas aprovadas pelos petroleiros para o regramento do teletrabalho:
> Ser negociado de forma coletiva, garantindo segurança e estabilidade jurídica para os trabalhadores e a empresa.
> Ter adesão opcional, com previsibilidade de duração e controle de jornada.
> Divisão de custo do trabalho e responsabilidade com a infraestrutura.
> Manter todas as garantias e benefícios previstos no ACT.
[Imprensa da FUP | Foto: Flicker/Gemma Bussel]