Em São Caetano, seis trabalhadores da Transpetro testam positivo para coronavírus

 

Até o final da tarde desta quarta-feira (25), o Sindicato Unificado dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado) já recebeu a confirmação que seis trabalhadores da unidade de São Caetano do Sul (SP), da Transpetro, testaram positivo para o novo coronavírus. Outros dois petroleiros são suspeitos.

De acordo com o diretor do Unificado, Felipe Grubba, estes casos demonstram a necessidade de se intensificar as medidas de combate e prevenção à contaminação entre os trabalhadores. “É necessário garantir os testes rápidos do Covid-19, termômetros digitais com infravermelhos e álcool em gel para todos os trabalhadores, sem distinção entre próprios e terceirizados”, afirma.

Até o momento, foram liberados os trabalhadores que se enquadram no grupo de risco (idosos, diabéticos, hipertensos, portadores de insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica). Além disso, foi instaurado o turno de 12 horas e o isolamento de 14 dias de cada grupo de trabalho em suas respectivas casas.

O dirigente sindical elogiou a compra de 600 mil testes de coronavírus anunciados pela Petrobrás, que serão doados ao Sistema Único de Saúde (SUS), todavia cobrou que também sejam priorizados o controle entre a categoria petroleira.

“Essa compra demonstra a importância do caráter público da Petrobrás. Das 50 petrolíferas que atuam no Brasil, a estatal foi a única que colaborou, por exemplo, no combate à poluição ambiental causada pelo vazamento de óleo no Nordeste no final do ano passado. Entretanto, é necessário que também sejam disponibilizados urgentemente testes para os petroleiros, que são responsáveis pela manutenção de serviços essenciais ao país”, recorda Grubba.

Em outubro do ano passado, após vazamento de óleo desconhecido que afetou, principalmente, as praias do Nordeste, a Petrobrás foi acionada pelo governo para contribuir na retirada desses resíduos.

Já neste ano, a Vale, empresa privatizada na década de 1990 e responsável pelo rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho, ambas em Minas Gerais, acionou a Petrobrás para ajudá-la em eventual vazamento de um de seus navios que naufragou próximo ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

Falta de diálogo

Grubba pontua que a única unidade que ainda não recebeu o Unificado para dialogar sobre a crise provocada pelo coronavírus foi a Usina Termoelétrica Nova Piratininga. “É muito ruim, num momento desse, uma unidade não estar disposta a negociar claramente com os representantes dos trabalhadores”, critica.

De acordo com o dirigente, o momento é de unir forças para garantir a segurança e saúde de todos os trabalhadores da Petrobrás, entre próprios e terceirizados.

Canal de denúncia

Para facilitar o diálogo, o recebimento de sugestões e denúncias de possíveis irregularidades, o Sindipetro Unificado criou um e-mail específico nesse período de pandemia. Possíveis aglomerações ou outras irregularidades podem ser informados imediatamente ao sindicato pelo e-mail: [email protected]

Confira abaixo o depoimento completo de Felipe Grubba:

[Via Sindipetro Unificado de SP]