Petroleiro da Rlam testa positivo para coronavírus, mas Petrobrás mantém trabalhadores nas unidades

 

Um trabalhador próprio da RLAM, lotado no Conjunto Pituba, foi diagnosticado com covid-19 (coronavírus). Ele havia retornado de férias e trabalhou no 18º andar, do edifício Torre Pituba, entre os dias 9 e 13 de março.

A descoberta feita pelos trabalhadores de um caso positivo de coronavírus dentro de uma das unidades da Petrobrás na Bahia, expôs a falta de transparência da atual gestão da estatal, que vem escondendo dos seus funcionários informações importantes.

No portal da intranet, a empresa destaca dois casos positivos de coronavírus entre seus funcionários, lotados no Rio de Janeiro, admitindo que no total há 4 casos, mas não diz onde são os outros dois.

Essa falta de transparência está levando insegurança e pânico aos trabalhadores diretos e terceirizados. Soma-se a isso a falta de ações eficazes para proteger os funcionários do coronavírus.

No Torre Pituba, o pavor foi disseminado, pois ninguém sabe por onde o trabalhador passou e com quem teve contato direto.

A Petrobras informou que já avisou aos órgãos competentes e está realizando mapeamento das pessoas que tiveram contato com o trabalhador, mas diante da postura que a estatal vem tomando, como confiar?

A sala onde ele trabalha já está sendo higienizada. E os outros locais?

Desde a semana passada o Sindipetro vem denunciando uma série de irregularidades e negligências da Petrobrás no combate ao coronavírus. O Sindipetro recebeu inúmeras denúncias da falta de álcool gel e sabonetes em muitas unidades da estatal na Bahia. A maior quantidade de denúncias veio da RLAM.

O mais grave é a insistência das gerências da Petrobrás em manter um grande número de pessoas em suas áreas, contrariando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, que indicam a reclusão social e a manutenção da distância no mínimo um metro entre as pessoas, como formas mais eficazes para prevenir e combater o vírus.

Refeitório de trabalhadores terceirizados da RLAM é porta aberta para contágio

Nessa segunda-feira (23), vários dias após a OMS ter decretado pandemia do novo coronavírus e vários casos, inclusive de mortes, serem confirmados na Bahia, o refeitório dos terceirizados da RLAM (na refinaria, os refeitórios de terceirizados e próprios são separados) estava lotado na hora do café da manhã (foto) e do almoço, com trabalhadores sem proteção, sentados próximos aos colegas nas mesas. Veja fotos e vídeo aqui.

[Via Sindipetro-BA]