[Atualização às 22h20]
O quinto dia de greve dos petroleiros conta nesta quarta-feira, 05, com ações solidárias realizadas pelos sindicatos da FUP, subsidiando os preços do botijão de gás de cozinha nos estados da Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. No Espírito Santo, os descontos foram no preço da gasolina.
A greve nacional da categoria segue forte em 12 estados do país e já atinge cerca de 50 unidades do Sistema Petrobrás, mobilizando em torno de 18 mil trabalhadores nas unidades operacionais e administrativas. [Veja o quadro no final da matéria].
A privatização e fechamento de unidades da Petrobras, além das demissões em massa, pesam no bolso da população. Os preços abusivos dos combustíveis são parte do pacote de desmonte da empresa.
O consumidor brasileiro é punido por uma política de reajuste de derivados que obriga a Petrobras a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar. Os petroleiros lutam para alterar essa forma de reajuste dos combustíveis. Por isso, os sindicatos da FUP estão em greve e nas ruas, denunciando o desmonte da empresa.
Ações contra preços abusivos
No Espírito Santo, a ação foi em Vitória. O Sindipetro distribuiu 00 cupons de descontos na sede da Petrobras (Edivit), na Reta da Penha. Cada motorista abasteceu 20 litros de gasolina, recebendo ajuda do Sindipetro-ES de R$ 2,00 por litro, totalizando R$ 40 de desconto.
No Paraná, a ação foi em Araucária, na Praça da Bíblia, em frente à Câmara dos Vereadores, região central da cidade. Os petroleiros entregaram 300 botijões com voucher de R$ 30 na compra do GLP. Assim, o preço médio do botijão, que atualmente está em R$ 70, ficou por R$ 40. O Sindiquímica-PR também fez a segunda distribuição gratuita de feijão para a população. Foi doada uma tonelada do alimento, produzido pelos trabalhadores rurais dos assentamentos do MST no estado.
No Rio Grande do Sul, a ação foi realizada à tarde, na cidade de Canoas, onde 100 botijões de gás foram distribuídos pelo valor de R$ 40,00 para 100 consumidores na Vila João de Barro.
Na Bahia, a ação foi realizada na cidade de Alagoinhas, onde 200 botijões de gás foram subsidiados pelo Sindipetro pelo valor de R$ 50,00 para as 200 pessoas no bairro do Mangalo.
Ocupação e vigília em frente à sede da Petrobrás
No Rio de Janeiro, a Comissão de Negociação Permanente da FUP entra hoje no sexto dia de ocupção de uma sala do quarto andar da sede da Petrobrás, cobrando interlocução com a gestão da empresa para suspender as demissões na Fábrica de Fertilizantes de Araucária e abrir fóruns de negociação para cumprimento do Acordo Coletivo.
Do lado de fora do prédio, na Avenida Chile, cresce a vigília dos movimentos sociais e familiares de trabalhadores da Fafen-PR. As demissões anunciadas pela gestão da Petrobrás começam no próximo dia 14, se não forem suspensas. A mobilização conta com participação do MPA, MAB, MST, movimentos de estudantes, Levante Popular da Juventude, UJS, UNE, MNU, CMP, MAR, CMP/SP, entre outros movimentos organizados.
Nesta quarta, houve várias atividades no local, como oficinas de batucada e uma aula pública às 15h, com o professor Dorival Gonçalves, da UFMT, que explicou porque o preço dos combustíveis virou um tema do dia a dia dos brasileiros.
Na Fábrica, em Araucária, os petroquímicos e petroleiros completam 16 dias de resistência, acampados em frente à unidade.
Divulgue a greve e as nossas ações em defesa da Petrobrás
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Quadro nacional nesta quara – 05/02
Amazonas
Terminal de Coari – trabalhadores aderiram à greve nesta quarta, 05/02
Refinaria de Manaus (Reman) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Rio Grande do Norte
Polo de Guamaré – uma comissão de base está verificando as condições de segurança nas permissões de trabalho (processamento e produção de GLP, querosene de aviação e diese)
Base 34 – trabalhadores em estado de greve
Ceará
Temelétrica TermoCeará – sem rendição no turno desde às 15h de 02/02
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor) – sem rendição no turno desde às 23h de 31/01
Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores
Terminal Aquaviário de Suape – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores
Bahia
Unidades da UO-BA (Taquipe, Miranga, Bálsamo, Araças, Candeias, Santiago e Buracica) – atividades paralisadas
Refinaria Landulpho Alves (Rlam) – sem rendição no turno desde às 23h de 31/01
Terminal Madre de Deus – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02
Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO) – Adesão de 100% dos trabalhadores desde segunda (03/02)
Espírito Santo
Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) – trabalhadores cortaram a rendição no turno na manhã desta terça (04/02)
Sede administrativa da Base 61, polo de produção terrestre em São Mateus – 100% de participação dos trabalhadores terceirizados e próprios
Minas Gerais
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Refinaria Gabriel Passos (Regap) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Rio de Janeiro
Terminal de Campos Elíseos (Tecam) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02). O turno opera com o número mínimo para as instalações, um operador e um supervisor
Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB) – trabalhadores estão mobilizados desde segunda (03/02), com atrasos crescentes no turno
Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB) – trabalhadores cortaram a rendição do turno às 23h de 03/02.
Na noite de segunda (03/02), os trabalhadores das plataformas da Bacia de Campos começaram a seguir a orientação do sindicato de entregar a operação das unidades para as equipes de contingência da Petrobrás. São 17 plataformas no movimento, que teve início no sábado (01/02), com levantamentos de pendências de segurança, efetivo e se houve embarque de equipes de contingência a bordo.
São Paulo
Terminal de Baguar – trabalhadores atrasaram em 1h o carregamento de combustíveis nesta quarta (05)
Terminal de Guarulhos – trabalhadores seguem realizando atrasos
Terminal de Barueri – adesão dos trabalhadores na manhã do dia 03/02
Refinaria de Paulínia (Replan) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap) – cortes alternados nos turnos
Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC) – cortes alternados nos turnos
Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Fábrica de Xisto (SIX) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa) – sem trabalhadores da operação e da manutenção no interior da unidade. Acampamento na porta da fábrica prossegue desde o dia 21/01
Terminal de Paranaguá (Tepar) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Santa Catarina
Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ) – trabalhadores aderiram à greve na terça (04/02)
Terminal de Guaramirim (Temirim) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02)
Terminal de São Francisco do Sul (Tefran) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02)
Base administrativa de Joinville (Ediville) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02)
Rio Grande do Sul
Terminal de Niterói (Tenit) – adesão à greve na manhã de 03/02
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02
[FUP | Foto: Gilbram Mendes]
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