FUP e sindicatos apelam aos governadores do Nordeste que reajam ao desmonte da Petrobrás

 

Com a presença do coordenador da FUP, José Maria Rangel, os sindicatos de petroleiros do Nordeste (RN, BA, CE/PI e PE/PB) entregaram nesta segunda-feira (16) aos governadores da região uma carta com um apelo para que os gestores busquem alternativas para se contrapor ao desmonte da Petrobrás.

O presidente da empresa, Roberto Castello Branco, já afirmou que irá concentrar os investimentos da estatal nos estados do Sudeste do país.

A carta foi apresentada durante o Fórum dos Governadores do Nordeste, que acontece em Natal. Pela manhã, os trabalhadores participaram de ato público em frente a sede da Petrobrás, na capital potiguar.

Só no Rio Grande do Norte, mais de 8 mil empregos estão sob risco, com o desmonte da Petrobrás.

“Ao lado do Rio Grande do Norte, encontram-se ameaçados os Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Maranhão. No rol dos desinvestimentos – eufemismo para encobrir a entrega de ativos estratégicos – encontram-se refinarias, fábricas de fertilizantes, termelétricas, oleodutos, gasodutos e terminais, além de centenas de campos petrolíferos”, diz um trecho do documento, onde os petroleiros ressaltam que “não são poucos os casos de investimento realizados pela Petrobrás em segmentos de infraestrutura, como estradas e telecomunicações, além do estabelecimento de parcerias em atividades educacionais, científicas, culturais, sociais, de qualificação profissional, esportivas e ambientais, entre outras iniciativas”.

Os trabalhadores reivindicam uma ação conjunta dos estados nordestinos através do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, criado há poucos meses para fortalecer as pautas da região.

“O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste é um mecanismo de colaboração entre os governos que visa à parceria em projetos econômicos de caráter integrador. Nesse sentido, propomos que seja analisada a possibilidade de concertação de uma ação conjunta, destinada a questionar a decisão da atual cúpula da Petrobrás e, no limite, viabilizar alternativas econômicas capazes de retomar a produção”, destaca o documento.

Os governadores do Nordeste manifestaram profunda preocupação com a drástica redução da presença da Petrobrás na região, tendo em vista o alto impacto da estatal na geração de emprego e renda, no desenvolvimento regional, cultural e socioambiental de nossas sub-regiões e cidades. Os governadores demonstraram disposição em buscar alternativas que garantam a manutenção e expansão das atividades da Petrobrás nos estados do Nordeste.