A Petrogal, a joint venture portuguesa controlada pela Galp, é atualmente a terceira maior produtora de petróleo e gás no Brasil, alcançando uma média de produção anual de 107 mil barris diários. De olho no potencial do pré-sal, a empresa planeja investir no país 1 bilhão de dólares anualmente com o objetivo de dobrar a sua produção até 2021.
Na semana passada a empresa estatal de energia portuguesa, a Galp Energia, divulgou o balanço anual de seus resultados operacionais e financeiros em 2018. O lucro ajustado da empresa aumentou 23% comparado ao anterior, para 707 milhões de euros, o que a levou a petrolífera a entregar ao Estado português o valor mais alto da década em dividendos, 35,6 milhões de euros.
Segundo a empresa, o que impulsionou os resultados deste ano foi a entrada em operação das novas plataformas de exploração de petróleo e gás natural no pré-sal brasileiro, onde atua em nove unidades instaladas nos grandes campos de Lula, Iracema e Carcará, todas localizados na bacia de Santos. Em números, a produção desses campos fez com que a empresa atingisse 107,3 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), representando um aumento de 15% na produção global da Galp.
Operada no país pela Petrogal Brasil, uma joint venture formada em 1999 em parceria pela portuguesa Galp (70%) e a chinesa Sinopec (30%), a estatal portuguesa calcula que os seus projetos no Brasil correspondam atualmente a 80% do investimento total da unidade de exploração e produção de petróleo e gás da companhia. Não por acaso, a companhia anunciou que planeja investir no Brasil entre 800 milhões e 1 bilhão de dólares anualmente até 2021 a fim de desenvolver seus ativos atuais e expandir o portfólio do pré-sal.
É o mesmo ano em que a Galp projeta dobrar o número de suas unidades em produção, passando a operar 16 unidades nos campos de Brasil e Angola.
A África, aliás, é o principal continente de atuação da companhia, onde está presente em pelo menos 9 países enquanto empresa integrada de energia. Além da produção de petróleo em Angola, a Galp também está investindo pesado em projetos de gás natural em Moçambique, ao mesmo tempo em que investe na comercialização de derivados em outros países como Cabo Verde e Guiné-Bissau.
Na Europa, por outro lado, a atuação da empresa está focada na Península Ibérica, atuando, de um lado, no refino e distribuição e, por outro, na geração de energia solar.
Segundo o presidente do grupo, Carlos Gomes da Silva, os bons resultados da estatal portuguesa mostram o sucesso do modelo integrado. “Durante 2018, o setor de energia enfrentou mais uma vez uma volatilidade significativa, com os preços do petróleo a variarem mais de US$30/bbl ao longo do ano. Esta volatilidade confirma a adequação do nosso modelo de negócio integrado. O planejamento estratégico apoiado em diferentes cenários funciona como uma ferramenta importante para assegurar a resiliência e sustentabilidade do portfólio da Galp”.
[Via Blog do INEEP]