No Espírito Santo, petroleiros também protestaram contra o PL 4330

A direção do Sindipetro – ES esteve à frente dos protestos no dia de hoje junto com as demais entidades sindicais e a Central Única dos Trabalhadores – Cut. As principais ruas e avenidas das cidades da Grande Vitória foram fechadas a fim de chamar a atenção da sociedade capixaba para os riscos da terceirização. Os dirigentes sindicais enfrentaram a truculência da polícia e se mantiveram firmes no seu  objetivo  de protestar contra o PL 4330 que tramita no Congresso Nacional e, que se aprovado, acaba com direitos e garantias trabalhistas conquistados com muita luta.

O Sindipetro-ES comandou a mobilização na  garagem da Viação Serramar, na BR-101, próximo à Serra-Sede. O protesto teve adesão dos motoristas e cobradores de ônibus, que mantiveram os carros na garagem, até às 9horas da manhã, se solidarizando com demais companheiros. 

O motivo da manifestação, o Projeto de Lei 4330/2004, é bem claro: a terceirização das atividades-fim ameaça precarizar as relações de trabalho, reduzir salários e enfraquecer as organizações sindicais, ferindo, desta forma, vários princípios constitucionais. Por isso, em 24 capitais brasileiras, trabalhadores, movimentos sociais e estudantis foram para as ruas reivindicar a não aprovação dessa lei perigosa.

O coordenador-geral do Sindipetro-ES, Paulo Rony, destacou a importância da mobilização para a classe trabalhadora. “Foi um movimento apartidário e fundamental para esclarecer ao povo sobre os riscos da terceirização, que põe em jogo os direitos trabalhistas. Vamos continuar trabalhando, junto aos movimentos sociais, e manifestando em prol da defesa dos nossos companheiros. O protesto levou para as ruas um tema que precisa ser melhor debatido com a sociedade. Muita gente não conhece o PL e  a mídia está do lado dos empresários”.

O diretor Fábio Velten ressalta o apoio dos trabalhadores rodoviários e critica a atuação da Polícia Militar. “O apoio dos motoristas e cobradores de ônibus, que se solidarizam com a luta contra a precarização do trabalho, foi fundamental para que o protesto tivesse êxito e a sociedade fosse alertada sobre o que está sendo aprovado no Congresso Nacional. Infelizmente, tivemos alguns episódios de truculência da Polícia Militar que estava fortemente armada e tentou impedir a atuação de alguns companheiros, em especial no centro da capital”. 

O diretor Davidson Lomba, destaca o fato da paralisação ter reunido essencialmente trabalhadores urbanos e rurais. “Fomos para rua de peito aberto, sem bandeiras ou escudo de partidos políticos e com o único propósito de chamar a atenção do Brasil e das autoridades para a ilegalidade do PL 4330.  Ao aprovar este projeto de lei, deputados e senadores estarão cometendo um crime contra os trabalhadores brasileiros. Enquanto essa ameaça existir, não vamos parar de dizer NÃO à terceirização”.

Fonte: Sindipetro ES