Caos Aéreo: ANAC suspende certificado da manutenção e BHS não pode operar em Cabo Frio

 

Sindipetro-NF

O sindicato recebeu informações e confirmou que a empresa de taxi áereo BHS,que opera na Bacia de Campos, sofreu suspenção do certificado da ANAC específico para sua base de manutenção no aeroporto de Cabo Frio. A ANAC havia estabelecido prazos para atendimento de itens pendentes, que não foram cumpridos pela empresa.

A BHS já havia sofrido medida semelhante por parte de fiscais do MTE na base de manutenção no aeroporto de Macaé. A medida, adotada em 2008, ocorreu logo após o acidente com o SuperPuma L2 que provocou cinco mortes.

A suspenção está provocando transferência dos vôos que seriam atendidos pela empresa e os passageiros estão ficando sem o transporte para embarque e desembarque das plataformas. O sindicato está acompanhando o caso e vai cobrar esclarecimentos da Petrobras sobre os impactos da medida.

Helicóptero escapa de colisão frontal com manobra brusca

O Sindipetro-NF recebeu de trabalhadores o relato de que uma aeronave da Líder (Prefixo LCT) fez no último dia 10 uma manobra brusca para evitar a colisão frontal com outra aeronave.

O helicóptero seguia para plataforma P-52, na Bacia de Campos, e, às 9h37, o piloto teve que fazer uma guinada brusca para a esquerda, assustando os passageiros.

“Quando verificamos, o piloto e co-piloto viram que estava no visual uma segunda aeronave em sentido oposto, em rota de colisão”, relataram os trabalhadores ao sindicato.

Os passageiros disseram ainda que não foi ouvido alarme sonoro que anunciasse a rota de colisão. O choque teria sido evitado apenas pela visão da tripulação. Uma tragédia poderia ter ocorrido, portanto, se houvesse nuvens dificultando a visibilidade.

O Sindipetro está buscando a confirmação oficial da ocorrência, que ainda não foi comunicada formalmente pela Petrobrás à entidade.

Empresa diz que manobra que evitou colisão foi “suave”

Em resposta aos questionamentos feitos pelo Sindipetro-NF sobre a manobra que evitou uma colisão frontal entre dois helicópteros, no último dia 10, a Petrobrás confirmou a ocorrência, mas afastou a hipótese de que os passageiros e tripulantes tenham passado por risco significativo. Segundo a empresa, a manobra foi “suave”, com inclinação da aeronave entre 10 e 13 graus.

“Ambas aeronaves emitiram o alerta do TCAS [um sistema anticolisão], que tem alcance entre 8 e 10 milhas. A tripulação ao ser alertada, procurou no visual, e ao se avistarem, realizaram um desvio normal, que foi registrado nos dados da aeronave, com inclinação de 10 e 13 graus, que é considerado manobra suave, com desvio normal. A proximidade entre as aeronaves foi com 200 pés de altitude, mas segundo declaração dos pilotos e pelos dados registrados, não houve manobra brusca, evasiva”, disse a gerência de segurança de voo ao Sindipetro-NF.

A manobra causou grande susto entre os passageiros. Alguns, no lado esquerdo da aeronave, chegaram a avistar o outro helicóptero. Os dois voos eram operados pela empresa Lider.