FUP
Esta semana, mais três sindicatos da FUP aprovaram em assembleias o acordo de regramento da PLR, uma conquista histórica para os trabalhadores do Sistema Petrobrás. O Sindipetro-BA assinou o acordo na quarta, 19, e o Norte Fluminense nesta quinta, 20. No Rio Grande do Norte, as assembleias terminam na sexta, 21, com ampla aprovação do regramento. No Ceará, a nova direção eleita indicou também a aceitação da proposta e as assembleias prosseguem até a próxima semana. As demais bases da FUP já assinaram o acordo.
As novas regras para provisionamento e pagamento da PLR tiveram aprovação de mais de 75% dos trabalhadores que participaram das assembleias. É a consolidação de uma campanha vitoriosa da FUP, cujas conquistas já irão beneficiar esse ano a categoria, aumentando em 36% o valor do piso da PLR 2013, na quitação que será paga no início de maio para as bases que aprovaram o acordo.
Além de se apropriem já este ano de R$ 371 milhões a mais do lucro da Petrobrás, os petroleiros, pela primeira vez na história, terão regras claras e com indicadores e metas acompanhados não só pela categoria, como por toda a sociedade. O acordo tem validade de cinco anos, mas a FUP avaliará periodicamente em reunião com a Petrobrás se as metas estão de acordo com a realidade de produção dos trabalhadores. No próximo dia 26, haverá a primeira reunião com a empresa, após assinatura do acordo, para discutir as metas da PLR 2014.
Editorial da Direção da FUP: O jogo de cena dos divisionistas
O acordo de regramento da PLR consolida uma série de conquistas que a nossa categoria vem garantindo desde que derrotamos o projeto neoliberal. É só comparar os ganhos salariais, as vantagens e os benefícios que tínhamos em 2002 com o que temos agora. Nada caiu do céu! Tudo foi conquistado com muita luta e organização, marcas do nosso sindicalismo classista.
Organizar, mobilizar, negociar e conquistar. É dessa forma que a FUP e seus sindicatos atuam, com propostas concretas e compromissos com a categoria. Não nos pautamos por aventuras. Ao contrário dos divisionistas, que não conseguem mobilizar as suas bases e se limitam a vender terreno no céu e a bater bumbo, pregando a negação pela negação.
Essa turma do contra chegou ao despropósito de solicitar formalmente à Petrobrás que não aplicasse as novas regras da PLR para o exercício 2013, sabendo que isso significaria perdas financeiras para os petroleiros. E ainda alegaram que não precisamos ter pressa, que a quitação só seria paga em julho, revelando total desconhecimento da nova legislação (conquista da FUP e de outras entidades classistas), que reduziu a três meses o intervalo entre os pagamentos da PLR. Ou seja, dane-se o trabalhador, o que importa mesmo é sangrar a FUP.
No ano passado, lideramos uma semana de greve que extrapolou as reivindicações corporativas da categoria e pautou na sociedade a importância da luta contra os leilões de petróleo e o combate à terceirização. As conquistas foram várias e para todos os segmentos de petroleiros: trabalhadores próprios, terceirizados, aposentados e pensionistas. Não tivemos nenhuma punição, mas os divisionistas torceram para que isso ocorresse. Assim como também indicaram a rejeição do acordo. Queriam jogar a categoria em uma aventura sem precedentes, para, mais uma vez, responsabilizarem a FUP pelos seus fracassos.
Alguém já viu algum sindicato dirigido pelos divisionistas conquistar um acordo diferente do da FUP? Cadê os novos rumos que prometeram para a categoria, quando desfiliaram há oito anos os seus sindicatos da FUP? Pelo menos uma vez, uma única vez, poderiam bancar uma greve em suas bases para conquistar algo melhor. Mas o que fazem é o de sempre: a negação pela negação. Indicam a rejeição dos acordos conquistados pela FUP, não indicam mobilizações e, vergonhosamente, deliberam nas assembleias que “se a maioria assinar, assinamos também”.
Afinal, é melhor pegar a obra pronta, sem se comprometer, para depois criticar, desqualificar e no final pactuar o mesmo acordo. Os petroleiros estão cansados desse teatro. Já conhecem de cor e salteado como agem os divisionistas. No palco, arrotam combatividade, mas quando as máscaras caem, não passam de meros oportunistas pelegos.