Na quarta (4), logo após o horário do almoço, por volat das 13h30, explodiu uma turbina que aciona a bomba J-5003B, na Unidade 17C/50/73, conhecida como “Turbina do Rio’, na refinaria Landulpho Alves\Mataripe.Ela faz o bombeamento de água salgada para o sistema de hidrantes da refinaria. Segundo dirigentes do Sindipetro Bahia, tudo começou com um ruído forte, seguido de um pequeno incêndio. Não houve uma tragédia, segundo relatos dos trabalhadores de turno, porque o operador usou da experiência e teve o discernimento de bloquear o vapor no limite de bateria, e não na válvula de admissão de vapor da turbina. Com essa operação ele evitou que a explosão da turbina causasse morte no local de trabalho.
A explosão se deu exatamente no momento em que ele iniciou o bloqueio do vapor. Mesmo assim, um pedaço de aço retorcido, pesando em torno de dois quilos, caiu aproximadamente a um metro e meio do operador. A direção do Sindipetro Bahia já fez vários alertas de que a Refinaria de Mataripe é uma unidade antiga, com equipamentos velhos e desgastados, que necessitam de acompanhamento preventivo na sua manutenção. Recente visita da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) à RLAM confirmou estes fatos.
Segundo dirigentes sindicais, “há uma política de redução de custos desenfreada, com falta de peças de reposição em estoque, o que faz com que equipamentos operem em precárias condições, quando deveriam estar na manutenção. Quando determinados equipamentos não oferecerem condições seguras de operação, a produção tem que ser evitada, pois não há lucro que pague uma vida”.
A orientação do sindicato é no sentido de que os trabalhadores denunciem qualquer equipamento ou manobra que coloque em risco a saúde e a vida. “A palavra de ordem do Sindipetro Bahia é o uso do direito de recusa, um direito que consta no acordo coletivo assinado com a Petrobras”.