Trabalhadores voltam a Brasília para cobrar PLR sem IR

Sindicato dos Bancários de São Paulo e CUT

Representantes dos bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos e urbanitários foram ao Congresso Nacional, em Brasília, para cobrar dos parlamentares aprovação de proposta que isenta a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores brasileiros da cobrança de Imposto de Renda (IR). A mobilização foi nesta terça 27.

Vídeo: PLR sem IR e reforma tributária em debate

CUT pede a Marco Maia que agilize tramitação da pauta dos trabalhadores no Congresso

O presidente da República em exercício, Marco Maia (PT-RS), recebeu nesta terça-feira (27), em Brasília, representantes da CUT e das demais centrais sindicais para discutir o andamento da pauta de reivindicações dos trabalhadores no Congresso Nacional.

Maia, que é presidente da Câmara, está ocupando a Presidência da República desde segunda (26). Isto porque, a presidenta Dilma Rousseff viajou para a Índia, onde participará da 4ª Reunião do Brics (grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) e o vice-presidente Michel Temer está na Coreia do Sul representando o Brasil na 2ª Cúpula de Segurança Nuclear.

Na audiência com Maia, os sindicalistas pediram empenho na agilização da tramitação da pauta dos trabalhadores na Câmara dos Deputados, especialmente, quanto a itens como o Fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e isenção de imposto de renda sobre a PRL (Participação nos Lucros e Resultados). O tema desindustrialização também foi discutido.

PRESSÃO CONTÍNUA

Essa foi a segunda vez, somente em março, que representações sindicais vão ao Congresso com a campanha PLR sem IR em pauta. No dia 14 de março, obtiveram do relator da Medida Provisória 556, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), compromisso de que serão mantidas as emendas que estabelecem a isenção do imposto. Na ocasião, o parlamentar informou que a votação do tema na casa deverá ocorrer a partir de segunda 26 de março.

Além do debate com Goergen, os trabalhadores reuniram-se com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

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Mais do que compromissos nos gabinetes, os trabalhadores mobilizam-se nas ruas não apenas para cobrar a aprovação da proposta, mas para esclarecer para a sociedade os motivos e as vantagens que a reivindicação traz para a economia brasileira. Em março, manifestações tomaram a Rodovia Anchieta e a Avenida Paulista. “A isenção é justa e impulsiona a economia, pois o dinheiro será usado para o consumo de bens e serviços e consequentemente aumenta a produção, que gera demanda de empregos. Ou seja, alimenta o círculo virtuoso de crescimento”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato. A dirigente lembra ainda que a medida é uma questão de justiça, pois os executivos são isentos de IR quando recebem seus dividendos.

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Incentivo – Renúncia fiscal é uma ferramenta constantemente usada pelo governo federal para aquecer a economia. Na segunda 26, Mantega anunciou a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os eletrodomésticos da linha branca. A desoneração estava em vigor desde janeiro do ano passado e acabaria no final deste mês. O benefício foi prorrogado por três meses, até o final de junho.

O ministro também retirou o IPI para a linha de móveis por três meses, até então o imposto era de 5%. As desonerações atingem também os revestimentos laminados, que tiveram a alíquota do imposto zerada, luminárias e lustres que passou de 15% para 5%, e os papéis de parede, de 20% para 10%.

Em contrapartida, os setores beneficiados não poderão demitir trabalhadores.

Pressione – Para pressionar os parlamentares, bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e urbanitários devem enviar mensagens aos congressistas cobrando a aprovação. Para enviar uma mensagem a cada um dos parlamentares basta clicar aqui.

O recado que o Sindicato sugere é: “Parlamentar, aprovar emendas à MP 556 que isentam de imposto de renda a PLR dos trabalhadores é promover justiça social e tributária”.